Revista de Saúde Pública (Oct 2009)

Inatividade física no lazer de adultos e fatores associados Inactividad física en ocio de adultos y factores asociados Leisure-time physical inactivity in adults and factors associated

  • Taís Gaudencio Martins,
  • Maria Alice Altenburg de Assis,
  • Markus Vinícius Nahas,
  • Heide Gauche,
  • Erly Catarina Moura

Journal volume & issue
Vol. 43, no. 5
pp. 814 – 824

Abstract

Read online

OBJETIVO: Analisar a associação entre inatividade física no lazer de adultos com fatores sociodemográficos e indicadores de risco e proteção para doenças crônicas. MÉTODOS: Estudo transversal com indivíduos com idade de 18 anos e superior (n=1996). Foram utilizados dados obtidos do Sistema Municipal de Monitoramento de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis, por meio de entrevistas telefônicas, em Florianópolis, SC, 2005. Analisaram-se fatores sociodemográficos e comportamentais de proteção e de risco. Os resultados das análises de regressão múltipla para associação entre inatividade física no lazer e variáveis independentes foram expressos por razões de prevalência. RESULTADOS: A prevalência da inatividade física no lazer foi de 54,6% (47,3% homens, 61,4% mulheres). Após análise ajustada, entre os homens, maior probabilidade de inatividade física no lazer foi associada ao aumento da faixa etária, à diminuição do nível de escolaridade e ao fato de trabalharem; menor probabilidade de inatividade física no lazer foi associada ao consumo abusivo de bebida alcoólica, independentemente da faixa etária, nível de escolaridade e trabalho. Entre as mulheres, maior probabilidade de inatividade foi observada entre as que relataram nível de escolaridade inferior a 12 anos de estudo e que trabalhavam. Análises ajustadas pelo nível de escolaridade e trabalho mostraram maior probabilidade de inatividade física no lazer para mulheres que relataram consumo de frutas e hortaliças com freqüência inferior a cinco vezes por dia e consumo de leite integral. CONCLUSÕES: Os fatores associados à inatividade física no lazer apresentaram perfil diferente entre homens e mulheres. Para mulheres, a inatividade física se associou a comportamentos de risco para doenças crônicas, em especial aos hábitos alimentares, e para os homens, se associaram a fatores sociodemográficos.OBJETIVO: Analizar la asociación entre inactividad física en ocio de adultos con factores sociodemográficos e indicadores de riesgo y protección para enfermedades crónicas. MÉTODOS: Estudio transversal con individuos con edad de 18 años y superior (n=1996). Fueron utilizados datos obtenidos del Sistema Municipal de Monitoreo de Factores de Riesgo para Enfermedades Crónicas No Transmisibles, por medio de entrevistas telefónicas, en Florianópolis, Sur de Brasil, 2005. Se analizaron factores sociodemográficos e de comportamiento de protección y de riesgo. Los resultados de los análisis de regresión logística múltiple para asociación entre inactividad física en ocio y variables independientes fueron expresados por razones de prevalencia. RESULTADOS: La prevalencia de la inactividad física en ocio fue de 54,6%(47,3% hombres, 61,4% mujeres). Posterior al análisis ajustado, entre los hombres, mayor probabilidad de inactividad física en ocio fue asociada al aumento del grupo etario, a la disminución del nivel de escolaridad y al hecho de trabajar; menor probabilidad de inactividad física en ocio fue asociada al consumo abusivo de bebida alcohólica, independientemente del grupo etario, nivel de escolaridad y trabajo. Entre las mujeres, mayor probabilidad de inactividad física fue observada entre las que relataron nivel de escolaridad menor a 12 años de estudio y que trabajaban. Análisis ajustados por el nivel de escolaridad y trabajo mostraron mayor probabilidad de inactividad física en ocio en mujeres que relataron consumo de frutas y hortalizas con frecuencia inferior a cinco veces por día y consumo de leche integral. CONCLUSIONES: Los factores asociados a la inactividad física en ocio presentaron perfil diferente entre hombres y mujeres. Para mujeres, la inactividad física se asoció a comportamientos de riesgo para enfermedades crónicas, en especial a los hábitos alimentarios, y para los hombres, se asociaron a factores sociodemográficos.OBJECTIVE: To analyze the association between leisure-time physical inactivity and sociodemographic factors and risk or protection factors for chronic noncommunicable diseases among adults. METHODS: Cross-sectional study comprising adults aged 18 years and older (n = 1,996). Data was obtained from the Surveillance System for Risk Factors for Chronic Noncommunicable Diseases (CNCDs), a random-digit-dialed telephone survey carried out in the city of Florianópolis, southern Brazil, in 2005. There were studied sociodemographic, and behavioral protective and risk factors. Results of the multivariate analysis of the association between leisure-time physical inactivity and independent variables were expressed as prevalence ratios. RESULTS: The prevalence of leisure-time physical inactivity was 54.6% (47.3% among men, 61.4% among women). After adjustment, among men, higher physical inactivity was positively associated with older age, lower schooling, and inversely associated with working status; and lower physical inactivity was associated with alcohol abuse, regardless of age, schooling, and work status. Among women, higher leisure-time physical inactivity was positively associated with schooling (less than 12 years of education) and working status. The analyses adjusted for schooling and work status showed higher physical inactivity among those women reporting consuming fruits and vegetables less than five times a day and whole milk. CONCLUSIONS: Factors associated with leisure-time physical inactivity were different among men and women. Among women, physical inactivity was associated to risk factors for chronic diseases, especially eating habits. Among men, physical inactivity was associated to sociodemographic factors.

Keywords