Revista Brasileira de Educação do Campo (Dec 2016)

Pronera no Sertão Mineiro Goiano: Reflexões sobre emancipação social e Educação do Campo

  • Maria da Conceição da Silva Freitas,
  • Cláudia Valéria de Assis Dansa,
  • Joice Marielle da Costa Moreira

DOI
https://doi.org/10.20873/uft.2525-4863.2016v1n2p204
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 2
pp. 204 – 230

Abstract

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Assentados da Reforma Agrária de baixa escolarização buscam inclusão social na escola. Como desenvolver projeto pedagógico para atender sujeitos do campo com suas demandas específicas numa perspectiva emancipatória? Os objetivos foram refletir sobre: a Educação do Campo como resultado das lutas dos movimentos sociais pelo direito dos sujeitos do campo de pensar a educação e a produção a partir do lugar onde vivem, tendo como horizonte a emancipação humana; e, a complexidade da formação de educadores na educação de adultos. Adotou-se a metodologia da reinvenção democrática para a formação de sujeitos ativos, com diferentes saberes, capazes de resolver problemas e participar da gestão. Os resultados apontam o rompimento com resistências da educação tradicional via atividades participativas cuidadosamente elaboradas pelos educadores; sistematização interdisciplinar de conceitos integradores como identidade e territorialidade; conquista da autonomia no cotidiano pelos alfabetizados. Os aportes teóricos da Educação do Campo trouxeram novas abordagens teórico-metodológicas para o atendimento às demandas educacionais dos sujeitos excluídos. Conclui-se que a perspectiva emancipatória contribuiu para a construção colegiada dos processos possibilitando aos educandos romper com a dependência de intermediários. Embora a resolução de problemas imediatos não garanta um salto social e político emancipatório, fortalece o diálogo para empoderamento em novos espaços.

Keywords