Revista Contexto & Saúde (Feb 2022)
PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS DE ESCOLARES DE UM MUNICÍPIO MINEIRO
Abstract
Objetivou-se analisar o perfil antropométrico e o consumo de alimentos ultraprocessados por crianças de uma escola pública. Um estudo descritivo, transversal e quantitativo foi realizado com 141 escolares de uma instituição de ensino municipal em Minas Gerais. Foi desenvolvido um questionário estruturado a fim de se avaliar as variáveis demográficas, antropométricas e o consumo alimentar. A variável Índice de Massa Corporal por Idade foi utilizada para avaliar o estado nutricional; medidas como circunferências da cintura e razão cintura/estatura foram utilizadas para avaliar a obesidade central entre os escolares. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um questionário de frequência alimentar, o qual foi adaptado para melhor avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados. As diferenças entre as proporções foram estimadas utilizando-se o teste χ2 de Pearson. Em todas as análises estatísticas, considerou-se um nível de significância de 5%. Observou-se que 11,3% (n=16) das crianças foram classificadas com baixo peso, enquanto 34,0% (n=48) apresentavam excesso de peso. Em relação à presença de obesidade central, 7,1% (n=10) das meninas e 9,2% (n=13) dos meninos apresentaram risco aumentado para desenvolver doenças cardiovasculares. Constatou-se que uma parcela importante de estudantes com quadro de excesso de peso foram os responsáveis pelo maior consumo de alimentos ultraprocessados. Os achados evidenciaram um considerável percentual de crianças com excesso de peso e uma contribuição expressiva dos alimentos ultraprocessados na alimentação infantil. Sendo assim, torna-se pertinente a realização de ações de educação alimentar e nutricional eficazes visando estimular consumo alimentar mais saudável e promoção da melhora do estado nutricional.
Keywords