Planta Daninha (Aug 2002)

Interferência de plantas daninhas na cultura de algodão em sistema de plantio direto Weed interference in cotton crop under no-tillage system

  • R.S. Freitas,
  • P.G. Berger,
  • L.R. Ferreira,
  • A.A. Cardoso,
  • T.A.S. Freitas,
  • C.J. Pereira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-83582002000200005
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 2
pp. 197 – 205

Abstract

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Em experimento conduzido em solo de textura argilosa, localizado no município de Viçosa-MG, durante o ano agrícola 1998/1999, avaliaram-se os períodos de convivência de plantas daninhas com a cultura do algodão conduzida em sistema de plantio direto. Foram avaliados os tratamentos: períodos de 0, 15, 30, 45, 60 e 75 dias após a semeadura da cultura do algodão em convivência com as plantas daninhas; depois desse período a cultura foi mantida livre da competição com as plantas daninhas até a colheita, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas foram constituídas de seis fileiras com 4 m de comprimento, espaçadas de 0,9 m, com seis plantas por metro. As plantas daninhas foram avaliadas ao final de cada período de convivência, determinando-se o número e a biomassa seca da parte aérea de cada espécie. Também foram avaliadas na cultura a altura média das plantas, aos 125 dias após a emergência (DAE), o número de maçãs por planta, o número de nós até a inserção do primeiro ramo frutífero e, na colheita, a produtividade de algodão em caroço. O acúmulo médio de biomassa seca do total de plantas daninhas foi de 4,7 g m-2 dia-1. Comparando os tratamentos com e sem interferência, verificou-se que a presença das plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura aumentou o número de nós até a inserção do primeiro ramo frutífero e reduziu o número de maçãs e a altura das plantas, além de reduzir a produtividade de algodão em caroço em 81,2%. O período que antecede a interferência das plantas daninhas (PAI), considerando uma perda tolerável de 5% na produtividade de algodão em caroço, foi de 14 DAE.An experiment was conducted in clay soil texture, in Viçosa-MG, Brazil, during the growing season 1989/1999, to evaluate the periods of weed coexistence in a cotton crop under no-tillage. The treatments were: 0, 15, 30, 45, 60 and 75 days after crop seeding under weed coexistence, and maintained weed free until crop harvest. The plots consisted of six rows 4 m long, and 0.9 m spaced, with six plants per meter. At the end of each coexistence period, the weeds were evaluated, by determining the number of species and shoot dry matter weight. The average crop plant height was also evaluated; 125 days after emergence (DAE), boll numbers per plant, and node numbers until insertion of the first fruitful branch were also evaluated, while cotton productivity was evaluated at harvesting. The average accumulation of the total dry matter of weeds was 4.7 g m-2 day-1. When comparing the treatments with and without weed interference, it was observed that weed interference throughout the cycle increased the average node numbers until insertion of the first fruitful branch, but reduced the average boll numbers and height of the plants. Weed interference throughout the cotton plant cycle caused a reduction of 81.2% in cotton productivity. Considering the 5% loss in productivity as acceptable, the period previous to weed interference was14 DAE.

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