Cadernos Pagu (Jan 2018)
Tráfico de mulheres nas portarias das prisões ou dispositivos de segurança e gênero nos processos de produção das “classes perigosas”
Abstract
Resumo Neste artigo, argumento sobre a centralidade das tecnologias de gênero na gestão das entradas e visitas, bem como da vida, nas prisões. Considerando as portarias das penitenciárias uma fronteira, um checkpoint, relaciono os atravessamentos por elas com as historiografias das produções sobre fronteiras nacionais acionadas pela literatura feminista reconhecida como “pós-colonial” e transnacional. A partir dessa relação, o artigo segue num teor anedótico, demonstrando como as potentes críticas feministas acerca da noção de “tráfico de mulheres”, ao serem deslocadas para as filas das visitas e demandas de entradas nas prisões aqui descritas, contribuem para as análises sobre dispositivos de segurança e gênero na produção de narrativa de saber e poder das prisões femininas.
Keywords