Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Aug 2009)

Pacientes com infecção por vírus A (H1N1) admitidos em unidades de terapia intensiva do Estado do Paraná, Brasil Outcome of influenza A (H1N1) patients admitted to intensive care units in the Paraná state, Brazil

  • Péricles Almeida Delfino Duarte,
  • Alisson Venazzi,
  • Nazah Cherif Mohamad Youssef,
  • Mirella Cristine de Oliveira,
  • Luana Alves Tannous,
  • César Barros Duarte,
  • Cíntia Magalhães Carvalho Grion,
  • Almir Germano,
  • Paulo Marcelo Schiavetto,
  • Alexandre Luiz de Gonzaga Pinho Lins,
  • Marcos Menezes Freitas Campos,
  • Cecília Keiko Miúra,
  • Carla Sakuma de Oliveira Bredt,
  • Luiz Carlos Toso,
  • Álvaro Réa-Neto

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2009000300001
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 3
pp. 231 – 236

Abstract

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OBJETIVO: Analisar a evolução, características clínico-epidemiológicas e fatores de gravidade em pacientes adultos admitidos com diagnóstico de infecção por vírus A(H1N1) em unidades de terapia intensiva públicas e privadas no Estado do Paraná, sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo coorte de análise de prontuários de pacientes com idade superior a 12 anos admitidos em 11 unidades de terapia intensiva de 6 cidades no Estado do Paraná (Brasil), durante um período de 45 dias, com diagnóstico de gripe suína. O diagnóstico de infecção por vírus A(H1N1) foi feito através de real time -polimerase chain reaction (RT-PCR) da secreção nasofaríngea, ou de forte suspeita clínica quando descartadas outras causas (mesmo com RT-PCR negativo). Foi feita estatística descritiva e análise com teste chi quadrado, para comparação entre porcentagens e teste t de student para variáveis continuas, com análise univariada, admitindo-se como significante um p30). A média do escore Acute Physiologic Chronic Heatlh Evaluation II (APACHE II) foi de 15,0 ± 8,1. A mortalidade na unidade de terapia intensiva foi de 39,7%. Os principais fatores associados a essa mortalidade foram exame positivo no teste RT-PCR, níveis baixos de relação PaO2/FiO2 inicial, níveis elevados de uréia e desidrogenase lática iniciais, nível de pressão expiratória final positiva necessária, necessidade de posição prona e de drogas vasopressoras. CONCLUSÕES: Pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva com infecção por vírus A(H1N1) apresentaram alto risco de óbito, particularmente devidos ao comprometimento respiratório. O exame RT-PCR positivo, níveis de uréia e de desidrogenase láctica, além baixa PaO2/FiO2 e necessidades de PEEP alta, foram relacionados com uma maior mortalidade.OBJECTIVE: This study aimed to analyze outcome, clinical and epidemiological characteristics and severity factors in adult patients admitted with a diagnosis of infection by virus A (H1N1) to public and private intensive care units, in Paraná, Brazil. METHODS: Cohort study of medical charts of patients older than 12 years admitted to 11 intensive care units in 6 cities in the state of Parana, Brazil, during a period of 45 days, with diagnosis of swine influenza. The diagnosis of infection with A (H1N1) was made by real time polymerase chain reaction (RT-PCR) of nasopharyngeal secretion, or strong clinical suspicion when other causes had been ruled out (even with negative RT-PCR). Descriptive statistics were performed, analysis by the Chi square test was used to compare percentages and the Student's t test for continuous variables with univariate analysis, assuming a significance level of p 30). Mean of the Acute Physiologic Chronic Health Evaluation II (APACHE II) score was 15.0 + 8.1. Mortality in the intensive care unit was 39.7%. The main factors associated with mortality were: positive RT-PCR, low levels of initial PaO2/FiO2, high initial levels of urea and lactate dehydrogenase, required level of positive end expiratory pressure, need for the prone position and vasopressors. CONCLUSIONS: Adult patients with A (H1N1) virus infection admitted to intensive care units had a high risk of death, particularly due to respiratory impairment. Positive RT-PCR, urea and lactic dehydrogenase, low initial PaO2/FiO2 and high levels of PEEP were correlated with higher mortality.

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