Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (Jan 2003)

Origem do plexo braquial de mocós (Kerodon rupestris wied, 1820)

  • Jailson José Santana,
  • José Fernando Gomes de Albuquerque,
  • Carlos Eduardo Bezerra de Moura,
  • Wirton Peixoto Costa,
  • Moacir Franco de Oliveira,
  • Raimundo Alves Barreto Júnior,
  • Maria Angélica Miglino

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-95962003000600001
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 6

Abstract

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O mocó, Kerodon rupestris, um mamífero roedor da família dos cavídeos muito parecido com preá, é um animal altamente adaptado às condições de calor e de escassez de água e de alimento, principalmente nos períodos das grandes secas que assolam periodicamente a região do semi-árido nordestino. Verifica-se que na literatura há escassez de dados referentes à anatomia funcional dos mocós e, em especial de trabalhos envolvendo a anatomia do sistema nervoso. Objetivando elucidar o comportamento anatômico do plexo braquial de mocó e com o propósito de contribuir para o desenvolvimento da neuroanatomia comparada, procedeu-se esta pesquisa, na qual foram utilizados dez animais adultos de diferentes idades (nove machos e uma fêmea) que vieram a óbito no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da Escola Superior de Agricultura de Mossoró-ESAM. Após a fixação em solução aquosa de formol a 10,00%, realizou-se a dissecação bilateral da origem dos plexos braquiais, sendo os resultados registrados em desenhos esquemáticos, e suas disposições agrupadas em tabelas para posterior análise estatística, fundamentada na freqüência percentual. Observando-se que o plexo braquial de mocó é resultante de comunicações estabelecidas, principalmente, entre os ramos ventrais dos três últimos nervos cervicais e dos dois primeiros nervos torácicos, havendo contribuição do quinto nervo cervical em 35,00% dos casos. O plexo braquial originou-se mais freqüentemente a partir de C6, C7, C8, T1 e T2, consiguando-se em 40,00% das dissecações.

Keywords