Revista CEFAC (Jun 2010)
Habilidades de ordenação e resolução temporal em crianças com desvio fonológico Ordering abilities and temporal resolution in children with phonological disorders
Abstract
OBJETIVO: verificar o desempenho de crianças com transtornos fonológicos em testes de ordenação e resolução temporal. MÉTODOS: a amostra foi composta por 12 indivíduos, de ambos os gêneros, com idade entre 5 e 13 anos, com diagnóstico de desvio fonológico. Os indivíduos foram submetidos à anamnese, meatoscopia, audiometria tonal via aérea e óssea, PCC (porcentagem de consoantes corretas), e o RGDT (teste de detecção de gaps) e o PPS (teste de padrão de sequência). RESULTADOS: em relação ao grau de severidade, verificou-se que 67% apresentaram desvio fonológico médio e 33% médio-moderado. Em relação aos testes RGDT e PPS, os sujeitos apresentaram respostas dentro dos padrões normativos estabelecidos pela literatura, em ambos os testes. Na comparação entre o desempenho no teste PPS e o grau de severidade, observou-se que quanto maior o grau de severidade, pior o desempenho do indivíduo no teste, o mesmo não foi observado em relação ao RGDT. CONCLUSÕES: a amostra estudada apresentou desempenho adequado nos testes de processamento temporal. Entretanto, os resultados evidenciaram que existe uma relação estatisticamente significante entre a severidade do desvio e o desempenho no teste PPS, demonstrando a influência da severidade do desvio no desempenho dos indivíduos, considerando a habilidade de ordenação temporal.PURPOSE: to check children's performance in temporal resolution and ordering tests under the presence of phonological disorders. METHODS: the sample was made up of 12 people of both genders with ages between 5 and 13 years, diagnosed with phonological deviation. They were submitted to anamnesis, meatoscopy, audiometric tests, Percentage of Correct Consonants (PCC), the Random Gap Detection Test (RGDT) and the Pitch Pattern Sequence (PPS). RESULTS: in relation to the degree of severity, it was verified that 67% of children had medium phonological deviation, and 33% medium-moderate. In relation to RGDT and PPS tests, there were observed normal values, according to the normative standards. Comparing the performance in PPS test and the degree of severity, we observed that the higher the severity is, the worse was the performance. The same does not stand for the RGDT. CONCLUSIONS: these results showed that children with phonological deviation should have an adequate performance in temporal processing tests. There was a significant relation between the severity of phonological deviance and the performance in PPS test in our sample. These results demonstrated that the influence of the severity of phonological deviance should be related to the ability of temporal ordering.