Semina: Ciências Agrárias (Jun 2006)
Gastric lesions in swine: occurrence and correlation with sex, weight and Helicobacter spp infection/<br> Lesões gástricas em suínos: Ocorrência e relação com o gênero, peso ao abate e presença de helicobacter spp.
Abstract
The aim of this study was to investigate the association between the lesions of the gastric mucosa in slaughter pigs and sex, carcass weight and presence of Helicobacter spp. Stomachs from 236 swine were examined. Gastroesophageal lesions were classified in agreement severity in grade 0, 1, 2 and 3. Fragments from the aglandular and glandular area were processed for histology and for dentification of Helicobacter spp in tissue sections. Macroscopic analysis revealed 203 (86.1%) stomachs with some degree of lesion. Grade 2 and 3 lesions were observed in 104 (44.1%) animals. Grade 3 lesions were observed in 25 (21.1%) castrated males and 20 (16.5%) females. The average carcass weight of animals with grade 0 and 1 lesions and grade 2 and 3 was 82,5 Kg and 79,5 Kg, respectively. One hundred and twelve (47.5%) pigs were positive for Helicobacter spp. by Warthin-Starry stain method ; among them, 54 (48.2%) had grade 2 and 3 lesions; and 58 (51.8%) had grade 0 and 1 lesions. One hundred and twentyfour (52.5%) were negative for Helicobacter spp; among them 50 (40.3%) had grade 2 and 3 lesions, and 74 (59.7%) had grade 0 and 1. There was no significant difference between pigs with and without gastric lesions in regard to the presence of Helicobacter spp, sex and weight.O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de lesões gástricas em suínos de abate e verificar a relação das lesões com o gênero, o peso da carcaça e a presença de Helicobacter spp na mucosa gástrica. Foram colhidos e examinados 236 estômagos de suínos. As lesões da pars esophagea e região glandular foram classificadas conforme a severidade em graus 0, 1, 2 e 3. Fragmentos das regiões aglandular e glandular foram processados para exame histológico e para pesquisa de Helicobacter spp. A análise macroscópica revelou que 203 (86.1%) estômagos apresentavam algum tipo de lesão. A ocorrência de erosões e úlceras na região aglandular foi observada em 104 (44.1%) animais e na região glandular em 22 (9.3%). A ulceração na região gastroesofágica estava presente em 45 animais (19.1%), dos quais 25 (21.1%) eram machos e 20 (16.5%) fêmeas. O peso médio da carcaça foi de 82.7 Kg nos animais sem lesões e com paraqueratose na pars esophagea e de 79.5 Kg nos animais com erosões e ulcerações. Utilizando a coloração de Warthin-Starry, observamos Helicobacter spp na mucosa gástrica de 112 (47.5%) amostras. Destas, 54 (48.2%) foram classificadas como grau 2 ou 3 (pars esophagea) e 58 (51.8%) como grau 0 e 1. Dos animais positivos para o Helicobacter spp, 26 (23.2%) apresentavam úlceras na pars esophagea e 24 (21.4%) apresentavam a mucosa sem alterações. Dos 124 (52.5%) animais negativos, 50 (40.3%) foram classificados como grau 2 ou 3 e 74 (59.7%) como grau 0 ou 1. A análise estatística revelou que não há diferença significativa entre suínos com ou sem lesões gástricas em relação à presença de Helicobacter spp, gênero e peso da carcaça.
Keywords