Motricidade (Dec 2020)

Suplementação aguda de substrato de gengibre não aumenta o metabolismo em repouso e durante o exercício

  • Diego Ignácio Valenzuela Pérez,
  • Rayssa Lodi Mozer,
  • Diego Alves dos Santos,
  • Eliane Ferraz Silva,
  • Andreia Cristiane Carrenho Queiroz,
  • Bianca Miarka,
  • Ciro José Brito,
  • Manuel Sillero Quintana

DOI
https://doi.org/10.6063/motricidade.22256
Journal volume & issue
Vol. 16, no. S1

Abstract

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Este estudo avaliou o efeito agudo da suplementação (3g) de gengibre (Zingibir officinale) sobre o metabolismo. Foram medidos 12 homens universitários fisicamente ativos (22.8±3.3 anos; 79.4±12.5 kg; 1.8±0.1 m; 25.4±3.0 kg/m2; 16.9±3.1%BF). 3 horas após a suplementação (gengibre ou placebo) mediram-se (linha de base com duração de 30 min) a taxa metabólica de repouso (RMR), consumo de oxigênio (VO₂), dióxido de carbono (VCO₂), quociente respiratório (RQ), proteína (PRO), carboidrato (CHO) e oxidação de gordura, após, todos realizaram 30-min de exercício aeróbico (75%-85% da frequência cardíaca de reserva – RHR), ao final, foram repetidas as mesmas variáveis do pré-exercício por 60 min. Observou-se efeitos do momento de medida entre o repouso e pós exercício, onde as medidas obtidas no pós-exercício 1 (0-30 min) foram significativamente maiores (p≤0.001 para RMR; VO₂; VCO₂; PRO e CHO; p=0.001 para RQ; p=0.03 para oxidação de gordura) em comparação com momento de repouso e pós exercício 2 (30-60 min). Resultados similares foram observados no exercício para VO₂ (31.5±3.1 vs. 31.9±3.7 mL/kg/min; p=0.78) e equivalentes respiratórios para oxigênio (VE/VO2: 24.1±2.5 vs. 24.4±3.3; p=0.75) onde não houve diferença entre condições. Em conclusão, para o protocolo aplicado, a suplementação aguda de extrato de gengibre não produz efeito ergogênico metabólico.