Revista Brasileira de Cancerologia (Jan 2019)

O Controle de Qualidade em Mamografia e o INCA: Aspectos Históricos e Resultados

  • Anna Maria Campos de Araújo,
  • João Emílio Peixoto,
  • Sonia Maria da Silva,
  • Leonardo Vieira Travassos,
  • Ricardo José de Souza,
  • Alfredo Viamonte Marin,
  • Ellyete de Oliveira Canella

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2017v63n3.132
Journal volume & issue
Vol. 63, no. 3

Abstract

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Introdução: Programas de rastreamento mamográfico exigem o controle da qualidade dos exames e uso seguro da radiação. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) acompanhou esse processo. Objetivo: Descrever o contexto histórico do controle das doses e da qualidade da mamografia no Brasil sob a perspectivado INCA e os resultados obtidos por dois programas de qualidade de abrangência nacional. Método: Pesquisa descritiva, de abordagem mista, utilizando documentos e publicações relacionadas ao controle de qualidade em mamografia e resultados dos programas do INCA e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) entre 2009 e 2016. Resultados: A pesquisa documental descreve as ações de controle de qualidade da mamografia desde a década de 1970 até o ano de 2012. Entre 2009 e 2016, foram realizadas 1.156 medidas de dose em 738 serviços e 2.633 avaliações da qualidade dos exames em 390 serviços. O valor médio da dose glandular média foi de 1,81 mGy por incidência, com 22,7% das avaliações acima dos valores de referência. Em relação à qualidade dos exames, 14,0% não estavam conformes quanto aos critérios clínicos de qualidade da imagem, 5,8% quanto aos critérios físicos e 16,7% quanto à classificação BI-RADS®. Conclusão: A análise documental revela marcos importantes da qualidade da mamografia nas últimas décadas. Os resultados dos programas do INCA e do CBR fornecem informações relevantes para o desenvolvimento de ações dirigidas ao controle da dose e da qualidade da imagem e dos laudos em mamografia.

Keywords