Viso (Jun 2017)

“Como no princípio”: O balbucio da linguagem poética

  • Eduardo Pellejero

DOI
https://doi.org/10.22409/1981-4062/v20i/220
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 20
pp. 83 – 98

Abstract

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Todos os escritores procuram algo, mesmo que nem sempre saibam o que procuram. Das suas obras sempre esperamos e retemos alguns achados, mas sobretudo estimamos a perseverança no exercício de nomear e renomear o mundo, que é prerrogativa da nossa liberdade. Nascimento continuado, a literatura sacode ou faz gaguejar a língua, desconhecendo o ascendente das suas origens e expondo a linguagem ao risco da sua suspensão – e quiçá também à possibilidade do recomeço. O presente trabalho pretende explorar algumas das singularidades da linguagem poética enquanto expressão criadora, a partir de um diálogo com as obras de Maurice Merleau-Ponty, Michel Foucault e Gilles Deleuze.

Keywords