Revista Brasileira de Educação Médica (Jun 2021)

O Dilema do Biscoito e o Ensino Universitário: uma Reflexão

  • Emilton Lima Júnior

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-5271v26.3-009
Journal volume & issue
Vol. 26, no. 3
pp. 211 – 214

Abstract

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Resumo: O estudo de comportamentos sociais tem sido sempre um grande desafio, dada a diversidade de fatores que podem estar envolvidos. No entanto, alguns comportamentos podem ser explicados e compreendidas através de equações matemáticas, como feito por Nash no trabalho “Equilíbrio de Nash e Teoria dos Jogos”. O comportamento baseado na cooperação entre pessoas ou grupos é o mais clássico dos comportamentos “matemáticos”. Atualmente, a relação entre empregados e empregadores na área da educação vem sofrendo um grande desgaste, e nesta situação é bem demonstrado que se estabeleceu um equilíbrio como o descrito por Nash. O indício disto é encontrado na frase, muito frequente, “eles fingem que pagam e eu finjo que trabalho”, que traduz um comportamento não-cooperativo entre a universidade e o professor. Isto tem relação com o fato de que o paradigma do ensino atual está superado e não fornece mais as soluções necessárias para obter um equilíbrio cooperativo. No ensino médico isso é mais evidente, pois além dos problemas conjunturais, existem os específicos da área médica. O modelo tradicional não tem se mostrado eficaz para o novo desafio: “life-long learning”. A mudança de paradigma é imperativa, e vem se desenvolvendo um novo modelo de ensino médico, que fornece os instrumentos para a formação de um novo modelo de profissional, denominado Ensino Baseado em Problemas (Problem Based Learning - PBL). Esta reflexão tem por objetivo ampliar a diseussão deste novo paradigma.

Keywords