Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Mar 2014)

Proposta de correção virtual geométrica da projeção ostial da artéria renal no estudo operatório de aneurismas infrarrenais: resultados iniciais de um estudo piloto

  • Giovani José Dal Poggetto Molinari,
  • Andreia Marques de Oliveira Dalbem,
  • Fabio Hüsemann Menezes,
  • Ana Terezinha Guillaumon

DOI
https://doi.org/10.5935/1678-9741.20140014
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 1
pp. 78 – 82

Abstract

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Introdução: Para o preparo pré-operatório endovascular dos aneurismas infrarrenais é necessária a mensuração acurada de suas características anatômicas e morfológicas, alcançada com o uso de softwares avançados em manipulação de imagens de tomografias multicanais. Este processo permite também o estudo acurado das relações anatômicas das demais artérias do eixo aorto-ilíaco. Uma visualização perpendicular à origem da artéria renal mais baixa possibilita o uso de toda a extensão do colo para fixação da endoprótese e selamento proximal, o que pode ser previsto durante o estudo da tomografia, impedindo um posicionamento subótimo e a sobreposição das estruturas vasculares no intraoperatório. Expõem-se aqui os resultados iniciais de um projeto piloto, envolvendo manipulação de imagens tomográficas, na correção ortogonal da artéria renal aplicada à orientação radioscópica no intraoperatório. Métodos: Por meio de reconstrução multiplanar de imagens tomográficas em software obtém-se um corte axial em ângulo reto. Conceitos geométricos de triangulação virtual promovem a correção ortogonal em três dimensões da visualização ostial da artéria renal, que pode ser reproduzida intraoperatoriamente, através do reposicionamento do arco cirúrgico. Resultados/Discussão: Embora alguns autores argumentem que a anatomia do vaso observada na tomografia possa mudar durante o intraoperatório, sabe-se que o posicionamento angular das artérias renais não se modifica, mesmo após a inserção dos fios guia rígidos, introdutores e da própria endoprótese. Assim, acreditamos ser possível, por meio de conceitos de geometria espacial e correção ortogonal (por meio da manipulação das imagens em software), predizer o posicionamento ideal do aparelho de radioscopia de maneira a reproduzir o mesmo ângulo de projeção ostial da artéria renal em imagem bidimensional intraoperatória (angiografia), assegurando maior precisão na liberação da endoprótese. Conclusão: Quanto mais próxima da reprodução tomográfica for essa correção radioscópica, mais cuidadosa é a visualização do óstio da artéria renal, melhor é o aproveitamento do colo para a fixação e selamento e mais precisa é a liberação da endoprótese.

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