Revista de Medicina da UFC (Mar 2018)

Papel atual das estratégias ventilatórias protetoras no período perioperatorio: artigo de revisão

  • Inara Nobre de Castro,
  • Lorena Antônia Sales de Vasconcelos Oliveira,
  • Flavio Lobo Maia,
  • Juliana Rosa Melo,
  • Fernanda Paula Cavalcante

DOI
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n1p53-61
Journal volume & issue
Vol. 58, no. 1
pp. 53 – 61

Abstract

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Os fármacos anestésicos utilizados para indução e manutenção de anestesia geral provocam alterações da dinâmica respiratória, fazendo-se necessário o uso de estratégias ventilatórias perioperatórias. A ventilação mecânica, apesar de ser uma terapia de suporte essencial, não é isenta de riscos. Dentre estes, podemos citar complicações pulmonares pós-operatórias (CPPs), que apresentam alta prevalência e potenciais implicações graves. Fatores cirúrgicos, anestésicos e do paciente contribuem para o desenvolvimento de CPPs. Essa revisão faz uma análise de artigos publicados recentemente na literatura sobre ventilação mecânica e suas consequências na morbimortalidade em pacientes cirúrgicos. Por várias décadas e até recentemente, o manejo ventilatório durante cirurgia esteve associado a altos volumes corrente (VC), ausência de pressão expiratória positiva (PEEP) e altas frações inspiradas de oxigênio (FiO2). Avanços crescentes na compreensão da fisiopatologia de lesão pulmonar induzida por ventilação mecânica, por meio de estudos experimentais, observacionais e randomizados, indicam a necessidade de se instituir estratégias ventilatórias protetoras perioperatórias. Estas estratégias incluem, de maneira geral, a utilização de baixos VC, uso de PEEP, manobras de recrutamento alveolar e baixa FiO2.

Keywords