Outra Travessia (Jun 2017)
A poesia é uma trincheira de guerra
Abstract
O texto pretende explorar, a partir da leitura de alguns ensaios de Paulo Leminski e dos manifestos de Roberto Piva, a ideia de que a poesia contemporânea assume o caráter de trincheira de guerra. Em textos como “Arte inútil, arte livre?” e “O inutensílio”, Leminski defende o fato de que a poesia resiste ao mundo mercadológico justamente por ser um objeto sem nenhuma utilidade prática; por isso, sua importância. Já em Piva, tanto na poesia como na série de manifestos publicados, esparsamente, ao longo da vida, percebe-se a prática de uma poética da transgressão, que funciona como resistência à institucionalização da vida.