Matrizes (Dec 2011)

A reencenação no cinema documentário

  • Andréa França

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v4i1p149-161
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 1

Abstract

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O artigo investiga o documentário na sua relação com a memória histórica, partindo do pressuposto que a memória no cinema é um campo complexo, contraditório e repleto de mal-entendidos. Explorar a memória no cinema é se deparar constantemente com perigos tais como a tentação de querer rever o passado tal qual foi, o risco de tomar o arquivo como prova cabal do passado e a tendência a confundir a memória com a lembrança. Na tradição do cinema documentário, constata-se que os procedimentos disponíveis para os documentaristas da memória histórica são as imagens de arquivo, as entrevistas com testemunhas e as reconstituições. Este último procedimento pode ser um meio e uma prática de tensionar as imagens do presente e da história, um método que, no cinema, traz um sentido de envolvimento, de imersão, que os documentos, os livros históricos e as imagens por si só, não permitem. Para discutir essas questões, serão analisados os filmes brasileiros Wilsinho Galiléia (Jão Batista de Andrade, 1978) e Serras da desordem (Andrea Tonacci, 2004).

Keywords