Ciência Animal Brasileira (Oct 2006)

MARCADORES RAPD NA ANÁLISE DA DIVERGÊNCIA GENÉTICA ENTRE RAÇAS DE BOVINOS E NÚMERO DE LOCOS NECESSÁRIOS PARA A ESTABILIDADE DA DIVERGÊNCIA ESTIMADA

  • Mariana Pires de Campos Telles,
  • Maria Silvia Rodrigues Monteiro,
  • Flávia Melo Rodrigues,
  • Thannya Nascimento Soares,
  • Lucileide Vilela Resende,
  • Alliny das Graças Amaral,
  • Paulo Roberto Marra

DOI
https://doi.org/10.5216/cab.v2i2.269
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 2

Abstract

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Diversos marcadores moleculares vêm auxiliando tanto geneticistas como melhoristas na detecção da variabilidade genética das populações. O incremento na capacidade computacional tem permitido também a otimização dos delineamentos, reduzindo os custos e o esforço laboratorial. O objetivo deste trabalho foi selecionar marcadores RAPD em bovinos, avaliando o padrão de similaridade genética entre rebanhos e definindo o número mínimo de locos necessário para estabilizar a divergência genética estimada. O DNA de dois rebanhos nelore e um holandês, totalizando 66 animais, foi utilizado para as análises. Dos 40 primers testados, 16 não apresentaram um bom padrão de amplificação ou não amplificaram. Os 24 primers restantes apresentaram 133 locos, sendo 65 deles polimórficos. Como esperado, uma análise de agrupamento UPGMA mostrou que os dois rebanhos nelore são mais próximos entre si, com similaridade genética (Jaccard) igual a 0,785. O holandês é o mais distante geneticamente do grupo dos nelore, com um valor médio de Jaccard igual a 0,589. Pelo bootstrap observa-se que um aumento no número de locos utilizados gera uma redução contínua nos desvios-padrão e nos coeficientes de variação e que 50 deve ser o número mínimo de locos necessário para que a estimativa da divergência genética entre essas amostras se torne estável. PALAVRAS-CHAVE: Bovinos, divergência genética, marcador molecular, RAPD.