The impact of diastolic dysfunction as a predictor of cardiovascular events: A systematic review and meta-analysis

Abstract

Introduction: Diastolic dysfunction is highly prevalent and a key pathophysiological contributor to several cardiovascular diseases, especially heart failure with preserved ejection fraction. In addition, some evidence suggests diastolic dysfunction is a risk factor for major adverse cardiovascular events. This study aimed to systematically review the evidence and to quantify the association between diastolic dysfunction and risk of cardiovascular events and death. Methods: MEDLINE was systematically searched from 1974 up to October 2017. We included cohort studies that assessed diastolic function in adults in the community, providing a definition of diastolic dysfunction regarding the occurrence of any cardiovascular event or mortality. For the quantitative analysis, relative risk estimates comparing individuals with versus without diastolic dysfunction were combined using a random effects model. Results: Nineteen studies were identified for inclusion in the systematic review, assessing a total of 63 802 participants. Nine studies were included in the meta-analysis. Diagnostic criteria and classification of diastolic dysfunction differed substantially between studies. The median prevalence of diastolic dysfunction in studies including individuals with and without diastolic dysfunction was 35.1% (range 5.3-65.2%). Comparing diastolic dysfunction with normal diastolic function, the summary relative risk estimate for cardiovascular events or mortality was 3.53 (95% CI: 2.75-4.53; I2=85.5%; nine studies). Conclusions: Although the definitions found in the literature differ, the diagnosis of diastolic dysfunction is associated with a 3.53-fold increased risk of cardiovascular events or death. This finding highlights the importance of developing easily applicable and consensual diagnostic criteria, as well as fostering research on effective treatment strategies when diastolic dysfunction is identified in the subclinical stage. Resumo: Introdução: A disfunção diastólica (DD) é muito prevalente e representa um mecanismo fisiopatológico central para várias doenças cardiovasculares, especialmente para a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada. Além disso, alguns estudos sugerem que a DD se associa a um aumento do risco de eventos cardiovasculares. Este estudo pretende determinar se a DD é um preditor de eventos cardiovasculares e mortalidade através de uma revisão sistemática e meta-análise. Métodos: Foi realizada uma pesquisa na Medline, desde 1974 até outubro de 2017. Foram incluídos estudos de coorte que avaliassem a função diastólica em adultos da comunidade, comparando participantes com e sem DD, no que diz respeito ao desenvolvimento de eventos cardiovasculares ou morte. Na meta-análise, os riscos relativos foram combinados usando um modelo de random-effects analysis. Resultados: Foram identificados dezanove estudos para a revisão sistemática, avaliando um total de 63 802 participantes, dos quais nove foram incluídos na meta-análise. Observámos que os critérios de diagnóstico e classificação de DD foram bastante diferentes entre os estudos. A prevalência mediana de DD foi 35,1% (variabilidade 5,3%-65,2%). A presença de DD associou-se a um aumento significativo do risco relativo combinado de evento cardiovascular ou mortalidade (3,53; IC 95%: 2,75-4,53; I2=85,5%; 9 estudos). Conclusões: Apesar da heterogeneidade na definição de DD, a sua presença está associada a um aumento marcado do risco de eventos cardiovasculares ou morte. Este resultado realça a importância de desenvolver critérios objetivos e consensuais para o diagnóstico de DD, de modo a promover a sua identificação numa fase subclínica e eventualmente estimular uma investigação dirigida à abordagem terapêutica precoce. Keywords: Diastole, Myocardial relaxation, Diastolic dysfunction, Prognosis, Cardiovascular events, Heart failure, Palavras-chave: Diástole, Relaxamento miocárdico, Disfunção diastólica, Prognóstico, Eventos cardiovasculares, Insuficiência cardíaca