Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Jun 2009)

Diabéticos devem ter a artéria torácica interna esqueletizada? Avaliação da perfusão esternal por cintilografia Should the diabetics have the internal thoracic artery skeletonized? Assessment of sternal perfusion by scintillography

  • Edmilson Cardoso dos Santos Filho,
  • Fernando Ribeiro de Moraes Neto,
  • Ricardo Augusto Machado e Silva,
  • Carlos Roberto Ribeiro de Moraes

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76382009000200011
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 2
pp. 157 – 164

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar o impacto na vascularização do esterno, por cintilografia óssea, da utilização de ambas as artérias torácicas internas (ATIs), preparadas por duas técnicas diferentes. MÉTODOS: Trinta e cinco pacientes coronarianos foram divididos em dois grupos: Grupo A - 18 pacientes tiveram as duas ATIs dissecadas de forma esqueletizada; Grupo B - 17 pacientes tiveram as duas ATIs dissecadas pela técnica pediculada. Não houve diferença nos dois grupos com relação a gênero, idade e características demográficas. Realizou-se cintilografia óssea 7 dias após a cirurgia. A análise estatística foi realizada utilizando-se o teste de t de Student. com significância estabelecida em 95%. RESULTADOS: No grupo A (ATI esqueletizada), o nível de captação do esterno foi de 11,5% mais alto em comparação com a média dos 17 pacientes do grupo B (ATI pediculada), mas essa diferença não foi estatisticamente significante (P = 0,127). Entretanto, a média dos níveis de captação do esterno nos sete pacientes diabéticos do Grupo A (ATI esqueletizada) foi 47,4% mais alta em comparação à média dos sete pacientes diabéticos do grupo B (ATI pediculada), e esta diferença foi estatisticamente significante (P = 0,004). CONCLUSÃO: 1- A forma de dissecção das ATIs não altera de maneira estatisticamente significativa a perfusão esternal, avaliada por cintilografia óssea, no conjunto geral da população estudada. 2- No subgrupo de pacientes diabéticos, observou-se melhor perfusão do esterno nos pacientes submetidos à dissecção esqueletizada. Embora a confirmação desse achado num maior número de casos seja necessária, pacientes diabéticos devem ter as artérias torácicas internas dissecadas de forma esqueletizada.OBJECTIVE: To assess, by scintillography, the effect of using bilateral internal thoracic arteries (BITAs) - prepared by two different techniques - on the sternal perfusion. METHODS: 35 patients undergone coronary artery bypass grafting (CABG) were divided into two groups: Group A (18) had both ITA's dissected using skeletonization technique and group B (17) as pedicle preparation. There was no difference in the two groups relating gender, age and demographic characteristics. On the 7th postoperative day the patients underwent bone scintillography. The statistical analysis was performed using the Student's t test with 95% significance. RESULTS: Group A (skeletonized ITA) showed higher perfusion (11.5%) of the sternum as a mean, than Group B (pedicled ITA) patients; however this was not statistically significant (P = 0.127). On the other hand, comparing the diabetic population, seven in each group, there was a marked 47.4% higher perfusion of the sternum in Group A patients (skeletonized ITA) comparing to Group B (pedicled ITA) and this difference reached statistical significance (P = 0.004). CONCLUSION: 1- Sternal perfusion is not affected significantly apart from the dissection technique used for both internal thoracic arteries in the general population when assessed by bone scintillography. 2 - In the diabetic subgroup, a significant preservation of the sternal perfusion was observed in patients undergone skeletonized dissection of the internal thoracic arteries. Although these findings should be confirmed in a greater number of cases, diabetic patients should have the internal thoracic arteries dissected using skeletonization techinque.

Keywords