Journal of Cardiac Arrhythmias (Oct 1998)

Avaliaçao do Sensor de Contratilidade Cardíaca em Sistema DDDR - Estudo Multicêntrico

  • José Carlos S. ANDRADE,
  • Gilberto V. BARBOSA,
  • Paulo R. S. BROFMAN,
  • Roque P. T. FALLEIRO,
  • Paulo GIUBLIN,
  • Oswaldo T. GRECO,
  • Hélio B. LIMA,
  • Arnaldo D. LOURENÇO,
  • Antônio MACEDO JR,
  • Antônio S. MENEZES JR,
  • Antônio V. MORAES,
  • Newton J. M. MOTA,
  • José Carlos M. PACHON,
  • Aldo Alér TOMAS,
  • Joao R. M. SANT'ANNA

Journal volume & issue
Vol. 11, no. 3

Abstract

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Neste estudo empregou-se um sistema de estimulaçao DDDR, cujo indicador que controla o sensor é o estado contrátil do miocárdio. Foram 85 pacientes portadores de doença no sistema de conduçao cardíaca distribuídos por 15 centros de implante no Brasil. Utilizando um parâmetro do próprio controle cardíaco vascular (contratilidade cardíaca obtida pela medida da impedância intracardíaca unipolar), a adaptaçao da frequência cardíaca é realizada num sistema de malha fechada, possibilitando teoricamente um ajuste a todas as necessidades fisiológicas. O objetivo principal foi avaliar a resposta de freqüência do marcapasso em situaçoes de esforço físico e mental, tanto em ambulatório (teste de esforço e estresse mental), como em atividades diárias do paciente. A programaçao e a calibraçao do sistema foram realizadas 30 dias após o implante (tempo de maturaçao da interface coraçao-eletrodo). Além das avaliaçoes dos limiares de estimulaçao e sensibilidade atriais e ventriculares, foram realizados testes de estresse mental (matemático e de percepçao) e teste ergométrico, monitorizados com histogramas de freqüência gravados pelo próprio marcapasso. A média dos limiares agudos de estimulaçao foi de 0,76±0,40Volts e 0,52±0,35Volts, de sensibilidade foi 2,59±1,49mV e 11,79±4,92mV e a da impedância foi 567±119 Ohms e 628±139 Ohms, para átrios e ventrículos, respectivamente. A média dos limiares crônicos de estimulaçao foi 1,34±0,64Volts e 1,10±0,57Volts e a dos de sensibilidade foi 2,82±1,79mV e 6,62±1,36mV respectivamente para átrios e ventrículos. A freqüência cardíaca variou de 5 a 160% nas atividades físicas e de 3 a 79% nas atividades mentais, com elevaçao apropriada logo no início da atividade. Conclui-se pela excelente performance do sensor estudado, permitindo uma adaptaçao de freqüência muito semelhante à do sistema nervoso autonômico de indivíduos normais.

Keywords