Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança (Jun 2014)

MORTE NO AMBIENTE HOSPITALAR: ANALISANDO A PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS EM ENFERMAGEM

  • Adriana Lira Rufino de Lucena,
  • Anatércia dos Santos Amâncio,
  • Aline de Alcântara Correia,
  • Kay Francis Leal Vieira,
  • Nereide de Andrade Virgínio,
  • Suellen Duarte de Oliveira Matos

DOI
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 1
pp. 6 – 16

Abstract

Read online

A morte incomoda e desafia a capacidade humana e profissional. Faz parte do cotidiano da enfermagem, desperta grande temor no ser humano, e este sentimento se expressa na dificuldade de lidar com a finitude. O estudo objetivou-se em analisar a percepção dos acadêmicos de Enfermagem com formação técnica em enfermagem acerca da morte no ambiente hospitalar; conhecer os sentimentos do acadêmico de Enfermagem frente à morte em meio hospitalar; e averiguar a preparação acadêmica dos discentes em relação ao processo da morte. A pesquisa foi exploratório descritiva com abordagem qualitativa, ancorada pela técnica de análise proposta por Bardin. O cenário do estudo ocorreu numa Instituição de Ensino Superior de João Pessoa – PB. Os dados foram coletados a partir de um formulário estruturado contendo questões relacionadas ao conhecimento e sentimento dos acadêmicos frente à morte. A população foi composta por 73 graduandos de enfermagem, dos quais 10 compuseram a amostra. Como critério de inclusão, os participantes deveriam ser técnicos de Enfermagem. O desenvolvimento da pesquisa norteou-se pelas normas da Resolução 196/96 após aprovação pelo Comitê de Ética da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, CAAE – 065.648.128.0000.517.9. Com relação à percepção dos sujeitos da pesquisa, os resultados obtidos apontaram que, além do aspecto biológico, a morte está associada ao aspecto natural e religioso. Quanto ao suporte proposto pela instituição, a maioria dos entrevistados afirmaram receber suporte acadêmico, porém, no ambiente hospitalar sentem-se desamparados pelos profissionais in loco diante da morte. Assim, conclui-se que as percepções dos graduandos quanto à morte reverbera este fenômeno como um processo natural, apontando a tristeza como um sentimento de maior intensidade no momento presencial ao óbito e àinexistência de suporte em meio hospitalar. Além disto, observou-se que há descompassos entre o apoio acadêmico preparatório, e a vivência prática nos estágios hospitalares.

Keywords