Joelho (Oct 2011)

Generative Copies: Modernist Architecture and Urbanism in Brazil

  • James Holston

DOI
https://doi.org/10.14195/1647-8681_2_3
Journal volume & issue
no. 2

Abstract

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Libertem o espírito de Brasília - Uma critica frequente contra a arquitectura moderna é a de que, através da adopção de soluções padrão homogeneizadoras, elimina as diferenças locais. Para investigar esta asserção, parto da adopção do modernismo dos CIAM feita pelo Brasil. Foco-me no problema da “cópia”, que é necessariamente uma componente da propagação de qualquer paradigma de significação (incluindo a arquitectura), quer dizer, no problema de reiterar e transplantar convenções reconhecíveis em novos contextos. Por vezes, as tais “cópias” dos paradigmas arquitectónicos homogenizam o ambiente urbano; noutros casos, criam públicos diversos e activos. Para investigar as condições que determinam cada resultado, desenvolvo uma análise antropológica dos modos de produção da arquitectura moderna dos CIAM no Brasil. Evidencio dois modos, um decorrente do planeamento urbano e projecto total, e um outro que descrevo como o de layers urbanos, da justaposição e da contingência. O meu argumento é de que quando a arquitectura modernista é produzida como um ambiente urbano totalmente projectado utilizando as convenções modernas de projecto e planeamento, o resultado tende a anular tanto os edifícios como o espaço, em repetições idênticas, esvaziando a sua vitalidade e interesse. Pelo contrário quando a arquitectura moderna é produzida em condições de densidade urbana suficientes para gerar uma justaposição por layers de diferentes formas e espaços, o resultado anima tanto os edifícios como os espaços, independentemente da coordenação estética do conjunto ou do mérito estético dos elementos individualmente. Para ilustrar, dou exemplo antagónicos de Óscar Niemeyer. Primeiro discuto a lógica espacial da totalização moderna no projecto e planeamento, exemplificando com uma paisagem urbana (Brasília) e um edifício único que assume a totalidade (o Memorial da América Latina de São Paulo). Discuto depois a densidade dos layers urbanos de um único edifício, Copan, na baixa de São Paulo. Concluo com o debate sobre as relações entre este tipo de produção arquitectónica baseada em layers e o que chamei de “urbanismo emergente”. - A frequent criticism leveled against modern architecture is that it reduces local differences to homogenized templates of architectural solution. I use the case of Brazil's renditions of CIAM modernism to investigate this charge. I focus on the problem of "copying" that is necessarily a component of the propagation of any paradigm of signification (including architecture), that is, on the problem of reiterating and transplanting recognizable conventions into new contexts. Sometimes such "copying" of architectural paradigms homogenizes the urban environment; at other times, it creates active and diverse publics. To investigate the conditions that determine each outcome, I develop an anthropological analysis of the modes of producing CIAM modernist architecture in Brazil. I contrast two modes, that of master planning and total design and what I describe as that of urban layering, juxtaposition, and contingency. My argument is that when modernist architecture is produced as a totally designed urban environment using modernist conventions of design and planning, the result tends to flatten both building and space into repetitious sameness, draining their vitality and interest. In contrast, when modernist architecture is produced in conditions of urban density sufficient to generate a layered juxtaposition of different forms and spaces, the result animates both building and space, independent of the aesthetic coordination of the whole or the aesthetic merit of individual elements. To illustrate, I contrast several examples by Oscar Niemeyer. First, I discuss the spatial logic of modernist totalization in planning and design, using the examples of a whole cityscape (Brasília) and a single building that assumes such a whole (the Memorial of Latin America in São Paulo). I then discuss the dense urban layering of a single building, Copan, in downtown São Paulo. I conclude with a discussion of the relation between this sort of layered architectural production and what I have called "insurgent urbanism."

Keywords