Bioscience Journal (Jun 2011)
Fungos associados à podridão de maçãs do algodoeiro: ocorrência, controle químico e influência na qualidade da fibra na região de Primavera do Leste - MT
Abstract
Este trabalho teve como objetivos avaliar a influência do tratamento químico no apodrecimento de maçãs do algodoeiro, na produtividade, nas características tecnológicas da fibra, bem como identificar os fungos associados ao apodrecimento de maçãs nas cultivares NUOPAL, BRS Araçá e FMT 701. Os tratamentos utilizados para o controle do apodrecimento de maçãs foram: 1 - Priori Xtra (Ciproconazole + Azoxistrobina 300 mL p.c ha-1); 2 - Eminent 125 EW (Tetraconazole 400 mL p.c ha-1); 3 - Frowncide 500 SC (Fluazinam 1000 mL p.c ha-1); 4 - Cercobin 500 SC (Tiofanato Metílico 1000 mL p.c ha-1); 5 - Mertin 400 (Hidróxido de Fentina 500 mL p.c ha-1). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, esquema fatorial 5x3 (5 tratamentos x 3 cultivares) e 4 repetições. A cultivar BRS Araçá diferiu significativamente das demais cultivares apresentando menor número de maçãs apodrecidas. A produtividade média de algodão em caroço (@/ha) da cultivar NUOPAL foi significativamente superior as cultivares BRS Araçá e FMT 701. O tratamento Frowncide na cultivar NUOPAL proporcionou maior produtividade de algodão em caroço (@ ha-1) diferindo significativamente desse tratamento nas demais cultivares. Não houve diferença significativa entre as cultivares nas características tecnológicas da fibra do algodoeiro. Os fungos Colletotrichum spp., Fusarium spp., Botryodiplodia sp., Aspergillus sp. e Myrothecium roridum e Penicillium sp. foram encontrados associados ao apodrecimento de maçãs nas três cultivares. Os fungos saprófitas e/ou oportunistas detectados associados ao apodrecimento de maçãs foram Botrytis sp., Cephalosporium sp., Curvularia sp., Epicoccum sp., Mucor sp., Periconia sp., Trichotecium sp. e Rhizoctonia sp.