Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Nov 2017)

Infecções comunitárias do trato urinário em Divinópolis, MG: avaliação do perfil de resistência bacteriana e do manejo clínico

  • Vanessa Machado Ferreira,
  • Lucas Nicolas Viana Rossiter,
  • Nicole Faraje Ferreira Aragão,
  • Otávio Augusto Pinto,
  • Paola Mara Santos,
  • Pedro Henrique Alves Cardoso,
  • Thaís Braga Cerqueira,
  • Débora Moura Fernandino,
  • Gustavo Machado Rocha

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc12(39)1553
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 39

Abstract

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Objetivo: Analisar o perfil de resistência bacteriana e o manejo clínico das infecções do trato urinário (ITU) no município de Divinópolis, MG. Métodos: Trata-se de estudo transversal descritivo, cujos dados foram obtidos a partir das uroculturas positivas realizadas no primeiro semestre de 2015 no Laboratório Municipal de Microbiologia e por meio de entrevistas com médicos atuantes na atenção básica de Divinópolis, MG. Resultados: Das uroculturas avaliadas (N=802), 72,8% isolaram a bactéria Escherichia coli, sendo 38,6% delas resistentes ao sulfametoxazol+trimetoprima, 33,0% ao norfloxacino, 31,8% ao ciprofloxacino e 9,0% à nitrofurantoína. Dos 57 médicos entrevistados, 73,5% solicitam, habitualmente, algum exame laboratorial para cistite aguda não complicada. Os antimicrobianos de primeira escolha no tratamento empírico das ITU, segundo os entrevistados, foram norfloxacino (56,1%), sulfametoxazol+trimetoprima (19,3%), ciprofloxacino (10,5%) e nitrofurantoína (8,8%). Conclusão: Os dados encontrados indicam que as taxas de resistência bacteriana às quinolonas nas ITU são elevadas e que a terapia empírica adotada pela maioria dos médicos entrevistados vai contra esse perfil de resistência. Por outro lado, foi encontrada uma baixa resistência à nitrofurantoína, demonstrando a necessidade de elaboração de protocolo local de tratamento.

Keywords