Revista Brasileira de Anestesiologia (Dec 2008)

Quebra de cateter no espaço peridural Rotura de catéter en el espacio epidural Breakage of a catheter in the epidural space

  • Cristian Sbardelotto,
  • Mauro Matsumoto Yoshimi,
  • Raquel da Rocha Pereira,
  • Renato Almeida Couto de Castro

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942008000600009
Journal volume & issue
Vol. 58, no. 6
pp. 637 – 642

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A quebra do cateter peridural durante sua remoção é rara, porém descrita. O conhecimento das possíveis complicações e o manuseio adequado são responsabilidades do anestesiologista. O objetivo deste relato foi apresentar caso de quebra de cateter peridural em analgesia de parto. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 33 anos, GII, PI, deu entrada na maternidade em trabalho de parto. Após duas horas de evolução, a paciente solicitou analgesia. Ao exame, encontrava-se em fase ativa do trabalho de parto, com dilatação cervical de 5 cm, dinâmica uterina regular, bolsa rota, com dor classificada pela Escala Visual Analógica - VAS 10. Iniciada a analgesia de parto pela técnica combinada com dupla punção. Durante a evolução foi feita uma complementação analgésica pelo cateter. Na retirada houve pequena dificuldade e conseqüente rompimento do mesmo. Optou-se pela realização de uma tomografia axial computadorizada e radiografia da região lombar que não mostrou evidência do fragmento do cateter. Visto que a paciente evoluiu assintomática clinicamente, sem sinais de irritação radicular, dor ou infecção, procedeu-se às devidas orientações e alta hospitalar. CONCLUSÕES: Cateteres peridurais em região lombar são, em ocasiões raras, difíceis de remover. Fatores que podem aumentar as chances de formação de nós e risco de quebra do cateter foram relacionados. Neste caso, um dos principais fatores envolvidos foi a introdução excessiva do cateter peridural lombar. Felizmente, as complicações neurológicas são ainda mais raras, e seguindo as diretrizes de uma tração lenta e suave na ausência de parestesias, na maioria das vezes, o cateter é removido com sucesso.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La rotura del catéter epidural durante su retirada es rara, pero ya se ha descrito. El conocimiento de las posibles complicaciones y el manejo adecuado es de total responsabilidad del anestesiólogo. El objetivo de este relato fue presentar un caso de rotura de catéter epidural en analgesia de parto. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo femenino, 33 años, GII, PI, entró en la maternidad en trabajo de parto. Después de dos horas de evolución, la paciente solicitó analgesia. Al realizársele el examen, se encontraba en fase activa del trabajo de parto, con dilatación cervical de 5 cm, dinámica uterina regular, bolsa rota, con dolor clasificado por la Escala Visual Analógica - VAS 10. Se inicia la analgesia de parto por la técnica combinada con doble punción. Durante la evolución se hizo una complementación analgésica por catéter. En la retirada hubo una pequeña dificultad y su consiguiente rotura. Se optó entonces por la realización de una tomografía axial computadorizada y una radiografía de la región lumbar que no mostró la presencia del fragmento del catéter. Visto que la paciente evolucionó asintomática y clínicamente, y sin señales de irritación radicular, dolor o infección, se procedió a las debidas orientaciones y a su alta. CONCLUSIONES: Los catéteres epidurales en la región lumbar son a veces raros, difíciles de retirar. Los factores que pueden aumentar las chances de formación de nudos y el riesgo de rotura del catéter se relacionaron. En ese caso, uno de los principales factores involucrados fue la introducción excesiva del catéter epidural lumbar. Por suerte, las complicaciones neurológicas son todavía más raras y secundando las directrices de una tracción lenta y suave en la falta de parestesias en la mayoría de los casos, el catéter se retira con éxito.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Breakage of epidural catheters during their removal is rare, but it has been described. The anesthesiologist should be aware of the complications and proper handling of those catheters. The objective of this report was to present a case of breakage of an epidural catheter in labor analgesia. CASE REPORT: A 33-year old female, gravida II, I delivery, was admitted to the maternity ward in labor. After two hours, the patient requested analgesia. On physical exam, the patient was in labor, with cervical dilation of 5 cm, regular uterine dynamics, broken amniotic membrane, and pain of 10 by the Visual Analog Scale (VAS). Labor analgesia was instituted using combined double puncture technique. During labor evolution, one analgesia complementation through the catheter. Catheter removal was somewhat difficult, leading to breakage of the catheter. Axial CT and X-ray of the lumbar spine did not show the fragment of the catheter. Since the patient was asymptomatic, without signs of radicular irritation, pain, or infection, proper precautions were taken and the patient was discharged from the hospital. CONCLUSIONS: Epidural catheters in the lumbar region are, occasionally, hard to remove. Factors that increase the chances of knot formation and the risk of breakage of catheters were listed. In the present case, one of the main factors was the excessive introduction of the epidural catheter. Luckily, neurologic complications are even less frequent, and applying gentle traction, in the absence of paresthesias, the catheter is usually successfully removed.

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