GOT - Revista de Geografia e Ordenamento do Território (Jun 2015)

O verde produtivo na AMP no horizonte 2020

  • Hélder Marques

DOI
https://doi.org/10.17127/got/2015.7.009
Journal volume & issue
no. 7
pp. 213 – 229

Abstract

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Pensar a forma como se estruturará o verde produtivo na Área Metropolitana do Porto, num corte temporal que se fecha no horizonte 2020, implica não só um diagnóstico do que ele é, mas também, e sobretudo, a capacidade de compreender as principais alterações em curso, procurando distinguir as que são, ou parecem ser, meramente conjunturais, daquelas que, uma vez instaladas, têm capacidade suficiente para serem determinantes no curto e médio prazo. Depois é necessário estabelecer, em conformidade, os principais objetivos a atingir a partir dos desígnios das políticas públicas consensualizadas, ou seja, quais são os valores de largo espectro a atingir, neste caso a sustentabilidade dos sistemas produtivos, a adequação ambiental e paisagística, a que acresce a criação de valor. São também observadas as condicionantes, até porque o complexo agroflorestal é talvez aquele que, no domínio dos sistemas produtivos de criação de valor, está mais condicionado por decisões que são estranhas à nossa soberania, quer se trate da administração central ou local, quanto mais não fosse porque as políticas de incentivos e preços são essencialmente determinadas pela PAC. Passa-se, depois, a uma caracterização de síntese, recorrendo a um conjunto de indicadores, os quais, uma vez agregados em diferentes variáveis, permitem um maior poder heurístico. Fecha-se com um esboço e tipificação do modelo territorial expectável no curto prazo, assim como dos principais sistemas produtivos que lhe estão associados. Nesse sentido, foram definidos quatro macro territórios, a saber: i -Territórios de “interdição”; ii - Territórios de “renaturalização”; iii - Novos territórios de amenidade e dominância do verde produtivo; iv - Territórios de dominância das fileiras produtivas intensivas.

Keywords