Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Feb 2023)

O serviço de farmácia clínica em um hospital militar da Força Aérea Brasileira

  • Viviane Maura Rubert,
  • Simara Artico,
  • Eder Moraes Saucedo,
  • Welington Vilarino Ferreira Leão

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.90
Journal volume & issue
Vol. 4, no. s.1

Abstract

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Introdução: O Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO) é um Hospital da Força Aérea Brasileira (FAB), situado no município de Canoas – RS que atende militares e seus dependentes. A Divisão de Farmácia do HACO é composta pela Farmácia Hospitalar e o Laboratório de Análises Clínicas. A Farmácia Hospitalar é constituída pela Central de Abastecimento Farmacêutico e pela Farmácia Central, responsável pelo serviço de Farmácia Clínica. O serviço de Farmácia Clínica realiza a conciliação de medicamentos, além de promover a educação aos pacientes e familiares quanto ao uso correto dos medicamentos prescritos na alta hospitalar. Objetivo: Demonstrar a atuação e a importância do Farmacêutico Clínico nas Unidades de Internação Hospitalar e Unidade de Terapia Intensiva do HACO, verificando as conciliações medicamentosas, a frequência e o perfil das intervenções farmacêuticas realizadas pelo serviço de Farmácia Clínica do Hospital. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, transversal e retrospectivo no período de janeiro a dezembro de 2017, na Unidade de Internação Hospitalar e Unidade de Terapia Intensiva do HACO. Os dados foram coletados mediante anamnese com paciente e busca ativa nos prontuários e posteriormente registrados nas fichas farmacoterapêuticas. Realizou-se a verificação da dose, posologia, intervalo entre doses, forma farmacêutica, via e horários de administração, interações medicamentosas, alergias, reações adversas e tempo previsto de tratamento. Quando necessária, a comunicação com a equipe médica de qualquer não-conformidade encontrada na prescrição, a partir de sua validação, era realizada mediante emissão de uma notificação por escrito através de uma intervenção farmacêutica. Resultados: No período avaliado foram realizadas 441 conciliações medicamentosas de pacientes adultos, onde foram necessárias, 216 intervenções farmacêuticas, o que representou 48,98% do total das conciliações. A classificação e as quantidades das intervenções foram: em relação à dose do medicamento: 56 (25,93%); indicação/medicamento inapropriado/desnecessário: 50 (23,15%); interações medicamentosas: 30 (13,89%); alternativa terapêutica mais adequada/ disponível (medicamento x sonda): 26 (12,04%); ajuste de dose devido alteração hepática/ renal: 19 (8,8%); tempo de tratamento: 14 (6,48%); intervalo de administração/frequência incorreta: 9 (4,17%); alergia: 4 (1,85%); incompatibilidade e/ou estabilidade físico-química: 4 (1,85%); via de administração: 3 (1,39%) e diluição e/ou tempo de infusão: 1 (0,45%). Conclusão: O estudo possibilitou demonstrar a importância do Farmacêutico Clínico e o perfil das intervenções farmacêuticas decorrentes da prestação deste serviço no âmbito hospitalar. Através das conciliações medicamentosas realizadas foi possível verificar que a presença do profissional promove a prática segura no uso dos medicamentos, evitando reações adversas e melhorando a qualidade no atendimento aos pacientes internados.