O Mundo da Saúde (Oct 2006)
Níveis de Alumínio e Zinco em água coletada em dois municípios que possuem diferentes Fontes de captação e tratamento no estado de São Paulo
Abstract
O tratamento de água subterrânea requer fluoretação e cloração, já as fontes superficiais exigem floculação, filtração, fluoretação e cloração; o floculante é o sulfato de alumínio, que aumenta a concentração deste metal na água. O Alumínio (Al) está relacionado com a Doença de Alzheimer (DA), e o Zinco (Zn) é um metal importante à saúde, especialmente as populações idosas. Este estudo comparou a concentração de Al e Zn em água de consumo, considerando diferentes fontes de captação e tratamento. Coletou-se água de dois municípios do Estado de São Paulo, um abastecido com águas subterrâneas (Ribeirão Preto) e o outro com fonte superficial (Atibaia). Analisou-se 50 amostras em triplicata de cada município, de torneiras de cozinhas de casas de repouso, asilo e residências de idosos. A dosagem do Al foi por Espectrofometria de Absorção Atômica com Forno de Grafite, e a dosagem do Zn foi por EAA-Chama. Os valores encontrados para o Al mostram que 24% das amostras de Ribeirão Preto excederam os valores máximos permitidos, porém em Atibaia os valores se mantiveram dentro dos parâmetros normais. O Zn não teve amostra que excedesse seu valor permitido nos dois municípios, porém estatisticamente houve diferença significante (p<0,0001) entre os municípios, apresentando valores mais altos em Ribeirão Preto. A detecção de metais acima dos valores normatizados representa fatores de risco para a saúde da população e um dado importante no contexto da saúde pública, considerando a toxicidade dos metais ao homem; assim, tornam-se necessários estudos que monitorem as águas de abastecimento público.