Revista Brasileira de Geomorfologia (Aug 2013)
DENUDAÇÃO QUÍMICA E IMPLICAÇÕES NA COMPOSIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA DO RIO JAÚ (SP)
Abstract
Este trabalho avaliou a denudação química e suas implicações na composição das águas superficiais da bacia do Rio Jaú. Seis pontos de amostragem foram estabelecidos e realizaram-se seis amostragens (14/08/2009, 17/09/2009, 17/10/2009, 20/11/2009, 23/12/2009 e 12/01/2010), envolvendo os períodos seco e chuvoso. As análises foram executadas para vazão, temperatura, pH, condutividade, cálcio, magnésio, sódio, potássio, sílica, cloreto, sulfato, fosfato e nitrato. Os resultados indicam que os parâmetros cálcio, magnésio e nitrato possuem um comportamento semelhante, ou seja, aumentam de montante (P1 e P3, sedimentos da Formação Itaqueri e a unidade de relevo Colinas Médias) para jusante (P2 e P4, Morrotes Alongados e Espigões associados às rochas ígneas da Formação Serra Geral). No Rio Jaú (P5 e P6) que também drena os basaltos da Formação Serra Geral, com exceção de Ca2+, Mg2+ e Cl- todos os outros parâmetros analisados possuem uma concentração maior no ponto P6, próximo à foz com o Rio Tietê. No entanto, a soma total de cátions e ânions (t/km2/ano) é maior no ponto P5, devido à alta concentração de Ca2+ e Mg2+ no local. Como as rochas da bacia do Rio Jaú não possuem minerais portadores de Cl-, NO3-, PO43- e SO42- como um constituinte principal, a denudação química (t/ano) na bacia do Rio Jaú foi calculada com base na concentração de Ca2+, Mg2+, Na+, K+ e SiO2 (solução lixiviada dos minerais que compõem as rochas da bacia). Os resultados indicaram que a bacia do Rio Jaú exporta cerca de 16.000 toneladas de material alterado por ano ao Rio Tietê.
Keywords