ALPHONSUS DE GUIMARAENS, UM POETA DE DÚVIDAS

Abstract

O presente ensaio debruça-se sobre o soneto XXVI, “[Crença e descrença! Entre estes dois extremos]”, que integra a Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923), de Alphonsus de Guimaraens (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 – Mariana, 15 de julho de 1921), com o intuito de sugerir uma leitura do poema que se destaca por, entre o lirismo religioso e a dúvida, cintilar a duplicidade do cerne alphonsino. Desse modo há, entre outros pontos, o objetivo de demonstrar, ora tecendo considerações sobre o conteúdo semântico, ora analisando os aspectos formais internos, como o duplo se configura na fatura poética do simbolista brasileiro.