Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Sep 1989)
Adenomas da hipófise: estudo imuno-histoquímico de 167 casos
Abstract
Foram analisados 167 casos de adenomas da hipófise pelo método imuno-histo-químico utilizando o Complexo da Avidina Biotina (ABC) descrito por Hsu e col. (1981). Foram usados 6 anti-hormônios hipofisários: anti-prolactina (aPRL), na diluição de 1:1.500, anti-hormônio do crescimento (aHGH), na diluição de 1:4.000, anti-hormônio adrenocortico-trófico (aACTH), na diluição de 1:3.000, anti-hormônio tireotrófico (aTSH), na diluição de 1:3.000, anti-hormônio luteinizante (aLH), na diluição de 1:1.000, anti-hormônio folículo estimulante (aFSH), na diluição de 1:300. O período de incubação foi de 14 a 16 horas a 4ºC. Foi realizada também a coloração pelo Orange G-PAS. O levantamento dos dados clínicos, laboratoriais, e radiológicos dos casos de adenomas da hipófise foi realizado após a leitura das lâminas pelo método imuno-histoquímico. Dos 167 casos de adenomas da hipófise, 136 (81,4%) mostraram imuno-reação positiva a um ou mais anti-hormônios, variando o índice de positividade entre 1 e 90% das células neoplásicas. A imuno-reação foi positiva exclusivamente a um anti-hormônio em 80 casos (58,8%) e para dois ou mais anti-hormônios nos 56 casos restantes (41,2%), sendo a associação mais freqüentemente encontrada aquela em aue a positividade ocorreu para o aPRL e o aHGH. A positividade à reação imuno-his-toquímica distribuiu-se da seguinte forma: 100 casos foram positivos para o aPRL, em 49 pacientes de forma isolada; 65 casos foram positivos para o aHGH, em 22 pacientes de forma isolada; 31 casos foram positivos para o aACTH, em 8 pacientes de forma isolada; 5 casos foram positivos ao aTSH, em um paciente de forma isolada; um paciente apresentou adenoma positivo ao aLH; um caso foi positivo ao aFSH.