Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Sep 1987)

Sistema ABO e formas anatomoclínicas da doença de Chagas crônica

  • Vicente de Paula Antunes Teixeira,
  • Elizabeth Martins,
  • Hipolito de Oliveira Almeida,
  • Sheila Soares,
  • Hélio Moraes de Souza,
  • César Augusto de Morais

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86821987000300007
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 3
pp. 163 – 168

Abstract

Read online

Estudou-se a distribuição do sistema ABO em 222 controles e em 148 chagásicos crônicos, assintomáticos e sintomáticos, com diferentes formas anatomoclinicas (insuficiência cardíaca congestiva, visceromegalias e morte súbita). O foi calculado a partir de tabelas de contingência e pelo método de Woolf. OX², obtido por estes dois métodos, demonstra que a freqüência do grupo OX² foi significativamente menor nos chagásicos sintomáticos considerados como um todo e naqueles com "megas", em relação aos controles. Nos chagásicos falecidos subitamente observou-se maior freqüência de grupos B que nos controles, sendo o X² significativo apenas quando calculado por tabelas de contingência. A relativa proteção aparentemente conferida aos chagásicos do grupo O, no que se refere à evolução para formas sintomáticas da doença, se explicaria por antigenicidade cruzada entre populações do Trypanosoma cruzi e o sistema ABO ou por outros fatores que se deixam influenciar ou influenciam a distribuição dos grupos sangüíneos.

Keywords