Cadernos de Saúde Coletiva (Jun 2014)

Consumo de energia e macronutrientes no lanche escolar de adolescentes de São Luís, Maranhão, Brasil

  • Carolina Abreu de Carvalho,
  • Poliana Cristina de Almeida Fonsêca,
  • Fernanda Pacheco de Oliveira,
  • Ariane de Almeida Coelho,
  • Soraia Pinheiro Machado Arruda

DOI
https://doi.org/10.1590/1414-462X201400020016
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 212 – 217

Abstract

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Objetivo:Métodos:Trata-se de um estudo transversal realizado com 200 adolescentes de 15 a 17 anos de duas escolas, sendo uma pública e outra privada. Realizaram-se recordatórios alimentares específicos do lanche escolar referentes aos últimos três dias em que os participantes estiveram na escola. As contribuições calóricas de carboidratos, lipídeos e proteínas foram analisadas com base nas Dietary Reference Intakes(DRI). A análise estatística foi realizada pelo software Stata 10.0. Para as comparações entre alunos de escola pública e privada e entre os sexos, foram utilizados os testes t de Student e do χ2. O nível de significância foi fixado em 5%.Resultados:O consumo de lanche escolar foi relatado por 69,5% dos adolescentes. A maioria adquiria esse lanche nas cantinas das escolas: privada (76,0%) e pública (51,0%). Adolescentes de escolas públicas tiveram maior consumo de energia (338,7 versus 286,3 kcal; p=0,043) e carboidratos (52,5 versus 39,3 g; p=0,006). A adequação dos macronutrientes apareceu em metade da amostra: carboidratos (43,9%), proteínas (43,2%) e lipídeos (49,6%). Alunos de escola pública apresentaram maior adequação de carboidratos (p<0,001) e de lipídeos (p<0,001). Meninos apresentaram maior adequação da contribuição calórica de proteínas (55,6 versus 32,9%; p=0,007), enquanto as meninas tiveram maior adequação de carboidratos (52,6 versus 33,3%; p=0,005) e de lipídeos (61,8 versus 34,9%; p=0,006).Conclusão: A inadequação dos macronutrientes mostrou-se elevada no grupo, o que sugere a baixa qualidade do lanche consumido por esses adolescentes.

Keywords