Semina: Ciências Agrárias (May 2021)

Prevalência e nível de infecção por endoparasitas em diferentes categorias de ovinos na Amazônia Ocidental

  • Antonio José Souza da Silva,
  • Rafael Ferreira da Silva,
  • Antonia Valcemira Domingos de Oliveira,
  • Luiz Eduardo Barreto de Souza,
  • Mariene Santos de Araújo Souza,
  • Dayana Alves da Costa

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n4p2419
Journal volume & issue
Vol. 42, no. 4

Abstract

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Objetivou-se conhecer a epidemiologia dos principais endoparasitas gastrointestinais que acometem ovinos criados no município de Sena Madureira-Acre. Foram coletadas 178 amostras fecais de ovinos criados em sistema extensivo de 10 propriedades rurais. As amostras foram agrupadas: cordeiros, marrãs, ovelhas paridas, ovelhas solteiras e reprodutores para análise laboratorial pela técnica de flutuação para a contagem de ovos por grama de fezes (OPG), oocistos de Eimeria sp. e presença de ovos de Moniezia sp. As variáveis analisadas foram: prevalência dos nematódeos, cestódeos e coccídios; intensidade de infecção por estrongilídeos e coccídios pela quantificação (média±EP) de ovos e oocistos. Os dados de prevalência foram comparados pelo teste Qui-quadrado, intensidade da infecção (média±EP) pelo teste Scott-Knott (SAEG 9.1), ambos com P < 0,05. A prevalência geral encontrada foi de 77,6%, para estrongilídeos foi 64,15%, coccídios 36,2% e cestódeos (Moniezia sp.) 8,81%. As ovelhas solteiras apresentaram a menor prevalência (52,5%), já os cordeiros apresentaram 95,5%, não diferindo das demais (P < 0,05). Quanto a intensidade da infecção por verminoses por nematódeos, os cordeiros apresentaram OPG mais elevado versus ovelhas solteiras 1297±270 vs. 232±79, respectivamente. As categorias ovelhas paridas, solteiras e reprodutores apresentaram média de OPG abaixo do que é indicado para tratamento com fármacos. A intensidade de infecção mais alta foi das marrãs (5859±3648), superando taxas aceitáveis. Ovinos criados em Sena Madureira apresentam alta prevalência para verminose por estrongilídeos, baixas prevalências para coccidiose e cestodioses. Categorias animais jovens apresentam elevado risco sanitário para as endoparasitoses, devendo-se adotar medidas de manejo que colaborem com a profilaxia e controle dessas enfermidades.

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