Revista Brasileira de Epidemiologia ()

Estresse percebido em profissionais da Estratégia Saúde da Família

  • Luiz Bernardo Leonelli,
  • Solange Andreoni,
  • Patricia Martins,
  • Elisa Harumi Kozasa,
  • Vera Lúcia de Salvo,
  • Daniela Sopezki,
  • Jesus Montero-Marin,
  • Javier Garcia-Campayo,
  • Marcelo Marcos Piva Demarzo

DOI
https://doi.org/10.1590/1980-5497201700020009
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 2
pp. 286 – 298

Abstract

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RESUMO: Objetivo: Avaliar o estresse percebido (EP) de profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e a associação com características das equipes. Também foi investigada a ocorrência de associação entre EP e morbidade autorreferida. Métodos: Trata-se de estudo transversal com 450 trabalhadores de 60 equipes em 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS), em uma região de São Paulo. As diferenças entre o escore total da Escala de Estresse Percebido e suas associações com as características individuais e das equipes foram avaliadas por meio de modelos múltiplos de regressão linear. Resultados: Observaram-se níveis mais elevados de EP naqueles com tempo de trabalho igual ou superior a um ano na mesma equipe, nas categorias de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde, gênero feminino, em não praticantes de credos religiosos, e em profissionais de UBS com equipes incompletas (ausência do médico). Menor estresse percebido foi encontrado em viúvos. Observou-se que indivíduos com níveis mais elevados de EP têm mais chance de relatar problemas crônicos de saúde. Conclusão: Conclui-se que a percepção de estresse na população estudada está associada a fatores individuais, profissionais, e à composição das equipes nas unidades básicas de saúde.

Keywords