Educação & Sociedade (Dec 2005)
A potência para a simulação: Deleuze, Nietzsche e os desafios figurativos ao se repensar os modelos da filosofia concreta The power for simulation: Deleuze, Nietzsche and the figurative challenges of rethinking the models of concrete philosophy
Abstract
A filosofia deleuziana é mais conhecida como uma criação contínua de dispositivos maquinais, cujo objetivo é transformar o esqueleto figurativo no qual as formas e os modelos aplicativos vêm se sedimentar. A metáfora geológica não é, por isso mesmo, meramente aleatória. Ela tem a ver com um encontro real entre as possibilidades de movimentos criadores de dobras e as dobras mesmas como relevos formais. Pode-se supor que a primeira dessas formas geradoras, na filosofia de Deleuze, seja o simulacro. No quadro deste artigo, pretendemos retomar a análise do simulacro nos dois textos fundamentais de Deleuze sobre Platão e sobre Lucrécio.The philosophy of Deleuze is best known as a continuous creation of machinic apparatuses aimed at transforming the figurative conception in which applicative forms and models sediment. The geological metaphor is thus not merely arbitrary. It is tied to a real encounter between the possibilities of creative movements of folds and the very folds considered as formal reliefs. One can thus reasonably suppose that, in the philosophy of Deleuze, simulacrum is the first of these generating forms. In this article, we will try to follow how Deleuze analyzes simulacrum in his two fundamental essays about Plato and Lucretius.
Keywords