Em um contexto de transformação digital na Atenção Primária à Saúde, o tablet passou a ser incorporado como uma ferramenta de trabalho estratégica das Agentes Comunitárias de Saúde. Este artigo pretende contribuir para a discussão sobre o uso de tablets e outros dispositivos móveis pelas agentes no Brasil, identificando limitações e contribuições do uso institucionalizado desses equipamentos. Na plataforma Google Notícias, buscaram-se matérias sobre a temática. Dez matérias selecionadas foram organizadas em um clipping de notícias. Procedeu-se à análise de conteúdo dessas reportagens, identificando-se quatro categorias analíticas que expressam a complexidade do processo de uso de tablets por elas, a saber: necessidade permanente de capacitação; otimização do trabalho; perda de dados; novas dimensões da precarização do trabalho e dimensão política na aquisição de equipamentos tecnológicos. Os aspectos identificados no estudo constituem-se em temáticas relevantes no processo de instituição de políticas relacionadas à saúde digital na Atenção Primária à Saúde.