Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE POR LEUCEMIA LINFOIDE NA REGIÃO SUDESTE (2017-2022)

  • JS Cardoso,
  • NPC Mourão,
  • PLBD Reis,
  • NCMV Belo,
  • MER Silva,
  • JVS Lima,
  • AZ Manoel,
  • LHMSG Graciolli

Journal volume & issue
Vol. 46
p. S336

Abstract

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Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por leucemia linfoide da Região Sudeste de 2017 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e correlacional, com abordagem quantitativa, baseado na análise de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo foi constituída por todos os casos de óbitos por leucemia linfoide na região Sudeste do Brasil entre os anos de 2017 a 2022, sob as seguintes variáveis: sexo, faixa etária e cor/raça. Resultados: A análise dos dados evidencia tênue variação com realidade a mortalidade nos diferentes grupos etários. A concentração de vítimas de leucemia linfoide se dá no final da vida adulta, com maior incidência iniciando na faixa etária de 20 a 29 anos e com emergência linear, com pico na faixa etária de 70 a 79 anos, que representa 17,7% das fatalidades. A incidência em pessoas do sexo masculino e feminino é semelhante, sendo a incidência no primeiro grupo de 56,3% e no segundo 43,7%. A flutuação dos casos também é bem distribuída ao longo dos anos, com destaque para o ano de 2019, com 18,9% dos novos óbitos. A cor/raça de maior incidência de mortalidade foi entre os brancos, 64,88%, seguida dos pardos, 24,8%. Discussão: A leucemia linfoide engloba tanto a forma aguda quanto a crônica. A leucemia linfoide aguda (LLA) é mais frequente em crianças e em adultos com mais de 50 ano. Já a leucemia linfoide crônica (LLC) é rara em jovens sendo mais comum em idosos, especialmente entre ocidentais. Portanto, a maior incidência em faixas etárias avançadas observada neste estudo corrobora com a literatura sobre a epidemiologia da leucemia linfoide. A literatura também indica que a incidência de ambas as formas (LLA e LLC) é ligeiramente maior em homens do que em mulheres, mais comum em brancos e menos frequente em negros. Este padrão também foi observado na amostra deste estudo. Conclusão: O estudo revelou padrões consistentes com a literatura existente. Observou-se que a mortalidade aumenta significativamente com a idade, atingindo seu pico na faixa etária de 70 a 79 anos, o que é condizente com a maior prevalência de leucemia linfoide crônica em idosos. A distribuição por sexo mostrou uma incidência ligeiramente maior em homens, e a maior mortalidade foi observada entre indivíduos brancos, seguido pelos pardos. A variação anual dos óbitos foi relativamente estável, com um aumento notável em 2019. Dessa forma, esses achados corroboram as tendências epidemiológicas conhecidas da leucemia linfoide, reforçando a necessidade de estratégias direcionadas de prevenção e tratamento focadas nos grupos mais vulneráveis, especialmente os idosos.