Saúde em Debate (Jun 2024)

Condições de trabalho e saúde de profissionais da linha de frente na pandemia de covid-19

  • Laura Izabel do Nascimento Alves,
  • Gisela Rocha de Siqueira,
  • Gabriela da Silva Santos,
  • Aenoan Rayane de Souza Soares,
  • Ana Izabel Godoy Souza,
  • Diego de Sousa Dantas,
  • Angélica da Silva Tenório

DOI
https://doi.org/10.1590/2358-289820241418791p
Journal volume & issue
Vol. 48, no. 141

Abstract

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RESUMO Objetivou-se investigar as condições de trabalho e a saúde física e mental de profissionais de saúde atuantes na linha de frente da covid-19 em serviços de urgência, emergência e terapia intensiva no Brasil, no segundo ano da pandemia. Estudo transversal, com uso de questionário eletrônico, por meio do qual coletaram-se dados sobre condições de trabalho, saúde física e mental, além do instrumento Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). A amostra (n=209) incluiu enfermeiros (28,7%), técnicos de enfermagem (30,1%), fisioterapeutas (33%) e médicos (8,2%). Os profissionais possuíam idade média de 34,6 anos e relataram uma carga horária média de 53,5 horas/semana. Verificou-se aumento das horas trabalhadas (62%) e da quantidade de pacientes (84%). A maioria relatou bom relacionamento com o chefe (89%) e satisfação com o trabalho (87%). A prevalência de sintomas de estresse, ansiedade e depressão foi superior a 45%, com predomínio de sintomas graves ou extremamente graves. A prevalência de dor musculoesquelética e fadiga foi de 84,7% e 83,3%, respectivamente. Os profissionais de saúde apresentaram aumento de volume de trabalho e de exigência durante a pandemia de covid-19. Observou-se, ainda, intenso prejuízo à saúde física e mental desses trabalhadores.

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