Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2023)

COBERTURA VACINAL DE POLIOMIELITE NO BRASIL DE 2023-2022

  • Karolayne Silva Souza,
  • Maria Betânia Melo de Oliveira,
  • Milena Roberta Freire da Silva

Journal volume & issue
Vol. 27
p. 103090

Abstract

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Introdução: A poliomielite é uma doença viral aguda infecciosa e contagiosa ocasionada pelos enterovírus da família Picornaviridae, de modo que, pode ser transmitida por indivíduo a indivíduo e até mesmo através da via oral-fecal. Logo, a poliomielite pode gerar o comprometimento do sistema nervoso central do indivíduo, além de membros inferiores e superiores. É uma doença o qual decorre desde a antiguidade e considerada uma problemática de saúde pública, dos quais, a vacinação se tornou um dos principais pilares para a redução da morbimortalidade por poliomielite. Objetivo: Abordar através de uma análise descritiva de dados sobre a cobertura vacinal de poliomielite no Brasil de 2013-2022. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo e quantitativo, com análise descritiva de dados sobre a cobertura vacinal de poliomielite, coletados no TABNET do Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS), no período de 2013-2022. Dessa forma, além dos respectivos dados de cobertura vacinal, foram considerados dados de doses cálculos CV e regiões de imunização. Resultados: Dentre os anos de 2013-2022 obteve-se uma média de 75,74% de cobertura vacinal de poliomielite no Brasil, obtendo-se uma totalidade de 21.926.119 doses cálculos CV. No que diz respeito as regiões do Brasil, a Região Sul e Sudeste conteve maior quantitativo de cobertura vacinal no mesmo período supracitado, com 79,78% e 79,49%, tendo a região Sudeste obtido 78,18%, Nordeste 73,43% e o Norte com a menor cobertura vacinal com respectivamente 65%. No período observado de 2013-2022 o ano de 2021 conteve menor cobertura vacinal de 60,50% e 2013 com 92,92%. Conclusão: Conclui-se que a cobertura vacinal de poliomielite no Brasil está abaixo do esperado, tendo em vista, que se preconiza uma cobertura maior que 95%. Logo, é sugerido que uma das principais causas da variação percentual negativa de cobertura vacinal da poliomielite no Brasil seja ocasionado principalmente pela hesitação vacinal, sobretudo, nos últimos anos e pós COVID-19, o que resultou em maior vulnerabilidade a doenças infecciosas como a poliomielite na população.

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