Archivos Latinoamericanos de Nutrición (Jun 2009)

Prevalência de hipovitaminose A em crianças da região semi-árida de Alagoas (Brasil), 2007 Prevalence of hypovitaminosis A in children from the semiarid region of Alagoas, northeastern Brazil, 2007

  • Alba Maria Alves Vasconcelos,
  • Haroldo Da Silva Ferreira

Journal volume & issue
Vol. 59, no. 2
pp. 152 – 158

Abstract

Read online

Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência de hipovitaminose A em crianças de 0 a 59 meses da região semi-árida do Estado de Alagoas, Brasil. Trata-se de um estudo observacional de delineamento transversal envolvendo amostra probabilística de 652 crianças. A condição de hipovitaminose A foi assumida quando o nível sérico de retinol, determinado por cromatografia líquida de alta resolução, era inferior 20 µg/dL (0,70 µmol/L). O nível médio de retinol sérico foi de 23,4 ± 15,0 µg/dL (IC 95%: 22,3 a 24,6). A prevalência de hipovitaminose A foi de 44,8%, com uma maior proporção de casos no sexo feminino (54,5% vs. 45,5%; razão de chances = 1,41; IC95% = 1,02 a 1,95). Não houve diferença entre as médias de retinol entre as cinco faixas etárias estudadas, mas a prevalência de hipovitaminose A foi marginalmente superior (p=0,09) no grupo entre 12 a 23 meses. Conclui-se que A prevalência de hipovitaminose A encontrada foi cerca de 2,2 vezes maior aquela (20%) estabelecida pela Organização Mundial de Saúde para caracterizar a situação como um grave problema de saúde pública. Portanto, sua prevenção e controle devem receber prioridade máxima por parte dos gestores de políticas públicas do Estado e dos municípios da região, visando reverter a situação e garantir um melhor padrão de saúde e qualidade de vida à populaçãoThe aim of the present work was to determine the prevalence of hypovitaminosis A in children < 60 months living in the semiarid region of the State of Alagoas, Brazil. The observational, transversal study involved a probabilistic sample of 652 children. Serum levels of retinol were determined using high pressure liquid chromatography and a concentration < 20 µg/dL (0,70 µmol/L) was adopted as the cut-off point indicating vitamin A deficiency. The mean value of retinol was 23.4 ± 15.0 µg/dL (CI95% = 22.3 to 24.6 µg/dL), and the prevalence of hypovitaminosis A was 44.8%, which included a significantly higher proportion of females (54.5% vs. 45.5%; odds ratio = 1.41; CI95% = 1.02 to 1.95). Although there were no significant differences between the five different age ranges studied, the prevalence of hypovitaminosis A was marginally higher (p = 0.09) amongst 12 to 23 month old children. The results indicated that the prevalence of hypovitaminosis A in the population studied was 2.2-times greater than the prevalence established by the World Health Organization (20%) in order to characterise the situation as a severe public health problem. Hence, the control of hypovitaminosis A should constitute an absolute priority on the agenda of governmental authorities in order to guarantee better health and quality of life for this population

Keywords