Opinión Jurídica (Sep 2022)

As empregadas domésticas brasileiras e sua silenciosa vulnerabilidade diante da pandemia da COVID-19: teoria da memória e a efetividade dos direitos fundamentais

  • Antonio Leal de Oliveira,
  • Manuela Andrade Nascimento

DOI
https://doi.org/10.22395/ojum.v21n45a9
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 45
pp. 200 – 229

Abstract

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O objetivo do presente trabalho é utilizar a figura da empregada doméstica como objeto de estudo para demonstrar que o problema da desigualdade social e da constante violação de direitos fundamentais não é algo novo, é algo perene e, ao mesmo tempo, tão desconhecido no Brasil, tendo o novo coronavírus sido apenas um agente capaz de evidenciar ainda mais essa difícil realidade que se encontra, em muitos sentidos, encoberta. Desse modo, foi escolhido o método hipotético-dedutivo para melhor desenvolver a pesquisa, com a utilização de revisão bibliográfica e análise documental, a fim de analisar a condição de vulnerabilidade social das empregadas domésticas, que fora agravada pela pandemia. Mesmo em um país com um texto constitucional ancorado na dignidade da pessoa humana e na cidadania, fica clara, nas conclusões desse estudo, a condição histórica de subalternidade a que estão submetidas as empregadas domésticas, condição essa que emerge no cenário pandêmico de forma ainda mais contundente, como restará demonstrado nesse artigo. Isto posto, a fim de romper com essa lógica de violação de direitos e exclusão, serão utilizados elementos da Teoria da Memória como ferramentas capazes de emancipar essa classe trabalhadora que é alvo de opressão e invisibilidade há tanto tempo.

Keywords