Clinical and Biomedical Research (Jul 2010)
Dosagem Plasmática do Fator de Von Willebrand e Variáveis Clínicas como Fatores Prognósticos no Câncer de Mama
Abstract
Introdução: O fator Von Willebrand (vW) é uma glicoproteína cujo aumento da concentração sérica está associado ao mecanismo de estimulação do epitélio endotelial facilitando a metástase do câncer de mama. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o valor prognóstico do vW no câncer de mama, assim como variáveis clínicas. Métodos: Analisou-se uma coorte de 50 pacientes com câncer de mama (CM) do Serviço de Mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre os anos 2002 e 2005, quando se avaliou o vW nestes 50 casos e em 53 controles. Decorridos 42 meses da última inclusão, todas pacientes com CM foram chamadas para nova avaliação do vW por imunoturbidimetria. Consideramos valores elevados de vW quando acima de 160%. As pacientes foram analisadas de acordo com faixa etária de até 59 anos ou ≥ 60 anos de idade. O desfecho clínico foi dividido entre bom (sem evidência de doença) e ruim (óbito ou com evidência de doença). Resultados: Obtivemos nova coleta em 41 pacientes que retornaram para revisão. O fator vW isoladamente não apresentou um bom desempenho prognóstico para o seguimento do CM em relação ao desfecho clínico. Presença de linfonodos axilares positivos, índice de massa corporal (IMC) ≥30 kg/m2, menarca ≤11 anos e tamanho tumoral >2 cm foram as variáveis significativas para determinação do prognóstico nesta coorte. Conclusões: Neste estudo o fator de vW não se mostrou útil para determinação de prognóstico no CM, enquanto que o estado axilar e o diâmetro tumoral foram fatores determinantes de sobrevida. Mais estudos são necessários para confirmar se a menarca e o IMC também são fatores prognósticos. Introdução: O fator Von Willebrand (vW) é uma glicoproteína cujo aumento da concentração sérica está associado ao mecanismo de estimulação do epitélio endotelial facilitando a metástase do câncer de mama. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o valor prognóstico do vW no câncer de mama, assim como variáveis clínicas. Métodos: Analisou-se uma coorte de 50 pacientes com câncer de mama (CM) do Serviço de Mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre os anos 2002 e 2005, quando se avaliou o vW nestes 50 casos e em 53 controles. Decorridos 42 meses da última inclusão, todas pacientes com CM foram chamadas para nova avaliação do vW por imunoturbidimetria. Consideramos valores elevados de vW quando acima de 160%. As pacientes foram analisadas de acordo com faixa etária de até 59 anos ou ≥ 60 anos de idade. O desfecho clínico foi dividido entre bom (sem evidência de doença) e ruim (óbito ou com evidência de doença). Resultados: Obtivemos nova coleta em 41 pacientes que retornaram para revisão. O fator vW isoladamente não apresentou um bom desempenho prognóstico para o seguimento do CM em relação ao desfecho clínico. Presença de linfonodos axilares positivos, índice de massa corporal (IMC) ≥30 kg/m2, menarca ≤11 anos e tamanho tumoral >2 cm foram as variáveis significativas para determinação do prognóstico nesta coorte. Conclusões: Neste estudo o fator de vW não se mostrou útil para determinação de prognóstico no CM, enquanto que o estado axilar e o diâmetro tumoral foram fatores determinantes de sobrevida. Mais estudos são necessários para confirmar se a menarca e o IMC também são fatores prognósticos.