Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Dec 1995)

Plague surveillance in Brazil: 1983 - 1992 Vigilância sorológica da peste no Brasil no período de 1983 a 1992

  • Alzira Maria Paiva de Almeida,
  • Nilma Cintra Leal,
  • Francisco Gomes de Carvalho,
  • José Dantas Sobrinho,
  • Célio Rodrigues de Almeida

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651995000600007
Journal volume & issue
Vol. 37, no. 6
pp. 511 – 516

Abstract

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Plague caused by Yersinia pestis, has persisted in Brazil in several natural foci spread throughout rural areas in the States of Ceara, Paraiba, Pernambuco, Piaui, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Minas Gerais and Rio de Janeiro. Nationwide surveillance of plague in Brazil based on serological testing started in 1983. We now present an update report of the examinations carried out in our laboratory from 1983 to 1992. The passive hemagglutination test for antibodies against fraction 1A antigen of Y. pestis and the passive hemagglutination inhibition control were employed for testing a total of 220,769 sera. Samples analyzed included 2,856 sera from clinically diagnosed plague cases or suspects, 49,848 sera from rodents of 24 species and 2 species of small wild carnivores (marsupials), 122,890 sera from dogs, and 45,175 sera from cats. Specific antibodies were found in 92 (3.22%) human sera; 143 (0.29%) sera from rodents of 8 species and from the two species of marsupials, 1,105 (0.90%) sera from dogs and 290 (0.64%) sera from cats. The presence of significant levels of specific anti-F1A antibodies among rodents and wild or domestic carnivores (dogs and cats) indicates that all the Brazilian plague foci remain active in spite of the absence of human cases in some of them.A peste, infecção pela Yersinia pestis, se mantém no Brasil, em vários focos naturais, disseminados na área rural, dos Estados do Ceará, Paraiba, Pernambuco, Piaui, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Desde 1983, o teste de hemaglutinação passiva para anticorpos contra a fração antigênica "F1A" de Y. pestis, vem sendo empregado ininterruptamente na vigilância da peste nos focos brasileiros. A especificidade do PHA é controlada pelo teste de inibição da aglutinação. No período de 1983 à 1992 foram examinadas 220.769 amostras de soro, sendo 2.856 de origem humana, 49.848 de roedores pertencentes à 24 espécies e de 2 espécies de pequenos carnívoros selvagens (marsupiais), 122.890 soros de cães e 45.175 de gatos. Anticorpos específicos foram encontrados em 92 (3,22%) dos soros humanos; 143 (0,29%) soros de roedores de 8 espécies e das duas espécies de marsupiais, 1.105 (0,90%) soros de cães e 290 (0,64%) soros de gatos. A presença de níveis significativos de anticorpos anti-F1A entre roedores e carnívoros domésticos (cães e gatos) e selvagens evidencia atividade pestosa nos focos apesar da ausência de peste humana em alguns deles.

Keywords