Revista Brasileira de Nutrição Esportiva (Oct 2021)
Análise da desidratação em praticantes de Crossfit
Abstract
Os treinamentos de Crossfit habitualmente organizam-se em exercícios aeróbicos e anaeróbicos, classificando suas sessões como treinamentos. Para todos os atletas e praticantes de atividade física a desidratação é uma dificuldade e pode modificar respostas fisiológicas e o desempenho físico, caso a perda da massa corporal ocasionada pela desidratação seja de 1% a 3%. Desta forma, levando em consideração os efeitos das perdas hídricas na prática do Crossfit, o objetivo do presente estudo foi analisar o grau de desidratação em praticantes desta modalidade. Foi realizado um estudo transversal, descritivo, observacional, com 30 indivíduos adultos sendo aplicado um protocolo de pesquisa referentes à identificação do praticante, variáveis socioeconômicas, de avaliação nutricional antropométrica (Circunferência do braço, prega cutânea tricipital, circunferência muscular do braço, área muscular do braço corrigida), variáveis do exercício e taxa de desidratação. Verificou-se que 90% da amostra ingeriu água durante o treino e 96,6% não fazia uso de repositor hidroeletrolítico durante o treino. Foi observado que a maioria apresentou IMC maior que 24,9kg/m² que caracteriza sobrepeso, obesidade grau I e obesidade grau II na escala de avaliação. A maior ingestão de líquido durante o treino foi de 1 litro e 300 mililitros, sendo a menor 850 mililitros. A ingestão contribuiu para que a taxa de desidratação máxima fosse de 1,32%, sendo a mínima 0,22%. A taxa de produção de suor também foi quantificada, sendo encontrado valor máximo de 25,2% e mínimo 8,7%. Esses dados mostraram que as reposições hídricas impediram que as perdas de massa corporal fossem mais acentuadas.