Revista Ciência Agronômica (Mar 2013)
Viabilidade do inoculante turfoso produzido com bactérias associativas e molibdênio Viability of peat inoculum produced with associative bacteria and molybdenum
Abstract
Dentre os veículos de inoculação de bactérias diazotróficas, o turfoso é considerado o mais utilizado no Brasil. A turfa possibilita a viabilidade de um grande número de células, protegendo-as também das adversidades do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade do inoculante turfoso desenvolvido com bactérias diazotróficas associativas e molibdênio. As bactérias BR11417 (Herbaspirillum seropedicae) e BR11340 (Burkholderia sp.), foram multiplicadas por um período de 24 horas e uma alíquota de 10 mL com 10(8) cel. mL-1 foi transferida para sacos de polipropileno contendo 35 g de turfa. Foram adicionadas duas doses e duas fontes de molibdênio: 1,12 e 2,25 g de molibdato de sódio e de amônio, respectivamente. Como controle, foi utilizado o inoculante sem molibdênio. A legislação brasileira, por meio da lei n° 86955, especifica que os inoculantes comerciais à base de micro-organismos fixadores de nitrogênio apresentem concentrações mínimas de 10(8) células viáveis por grama do produto no momento do uso e que a viabilidade das células seja mantida por um período mínimo de seis meses. Este estudo mostrou que sem a adição do molibdênio ao inoculante, as bactérias sobreviveram com um número de células viáveis em torno de 10(8) células g-1 de inoculante, por um período de até 110 dias. Com a adição do molibdênio, o inoculante manteve-se viável por um período de 180 dias. A aplicação do molibdênio contribui para o aumento da viabilidade do inoculante turfoso produzido com as estirpes BR11417 e BR11340.Among the vehicles in use for diazotroph inoculation, peat is considered the most-widely used in Brazil. Peat makes possible the viability of a large number of cells, at the same time protecting them from adversities found in the soil. The objective of this study was to evaluate the viability of peat inoculum developed with diazotroph bacteria and molybdenum. The bacteria BR11417 (Herbaspirillum seropedicae) and BR11340 (Burkholderia sp.) were allowed to multiply for a period of 24 hours, and a sample of 10 ml with 10(8) cel. mL-1 was transferred to polypropylene bags containing 35 g of peat. Two dosages and two sources of molybdenum were then added: 1.12 and 2.25 g of sodium molybdate and ammonium molybdate respectively. Inoculum with no molybdenum was used as control. With law No. 86955, Brazilian legislation specifies that commercial inoculants based on nitrogen-fixing microorganisms have minimum concentrations of 10(8) viable cells per gram of product at the time of use, and that viability of the cells be maintained for a period of at least six months. This study showed that without the addition of molybdenum to the inoculum, bacteria survived with a viable-cell total of about 10(8) cells g-1 of inoculum for a period of up to 110 days. With the addition of molybdenum, the inoculum remained viable for a period of 180 days. The application of molybdenum contributes to the increased viability of peat inoculum produced with the bacterial strains BR11417 and BR11340.
Keywords