Revista de Saúde Pública (Jun 2007)

Effects of breastfeeding and sucking habits on malocclusion in a birth cohort study Efeitos da amamentação e dos hábitos de sucção sobre as oclusopatias num estudo de coorte

  • Karen Glazer Peres,
  • Aluísio J D Barros,
  • Marco Aurélio Peres,
  • César Gomes Victora

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000300004
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 3
pp. 343 – 350

Abstract

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OBJECTIVE: To estimate the prevalence of malocclusion and to examine the effects of breastfeeding and non-nutritive sucking habits on dentition in six-year-old children. METHODS: A cross-sectional study was carried out nested into a birth cohort conducted in Pelotas, Southern Brazil, in 1999. A sample of 359 children was dentally examined and their mothers interviewed. Anterior open bite and posterior cross bite were recorded using the Foster & Hamilton criteria. Information regarding breastfeeding and non-nutritive sucking habits was collected at birth, in the first, third, sixth and 12th months of life, and at six years of age. Control variables included maternal schooling and child's birthweight, cephalic perimeter, and sex. Data were analyzed by Poisson regression. RESULTS: Prevalence of anterior open bite was 46.2%, and that of posterior cross bite was 18.2%. Non-nutritive sucking habits between 12 months and four years of age and digital sucking at age six years were the main risk factors for anterior open bite. Breastfeeding for less than nine months and regular use of pacifier between age 12 months and four years were risk factors for posterior cross bite. Interaction between duration of breastfeeding and the use of pacifier was identified for posterior cross bite. CONCLUSIONS: Given that breastfeeding is a protective factor for other diseases of infancy, our findings indicate that the common risks approach is the most appropriate for the prevention of posterior cross bite in primary or initial mixed dentition.OBJETIVO: Analisar a prevalência de oclusopatias e o efeito da amamentação e dos hábitos de sucção não nutritivos aos seis anos de idade. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal aninhado numa coorte de nascidos vivos em Pelotas, RS, em 1999. Crianças com seis anos de idade (n=359) foram examinadas e suas mães entrevistadas. Utilizaram-se os critérios de Foster & Hamilton para a definição dos desfechos mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior. Informações sobre amamentação e hábitos de sucção não nutritivos foram coletadas ao nascimento, ao primeiro, terceiro, sexto e 12º meses de vida e aos seis anos de idade. As variáveis de controle incluíram escolaridade materna, peso ao nascer, perímetro cefálico e sexo da criança. Foi realiza a regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de mordida aberta anterior foi 46,2% e a de mordida cruzada posterior foi 18,2%. Presença de hábitos de sucção não nutritivos entre 12 meses e quatro anos de idade e presença de sucção digital aos seis anos de idade foram os fatores de risco para mordida aberta anterior. Amamentação por menos do que nove meses e uso regular de chupeta entre 12 meses e quatro anos de idade foram os fatores de risco para mordida cruzada posterior. Identificou-se interação entre duração da amamentação e uso de chupeta para mordida cruzada posterior. CONCLUSÕES: Considerando que a amamentação é um fator de proteção às outras doenças da infância, a abordagem dos fatores de risco comuns pode ser o meio mais apropriado para a prevenção de mordida cruzada posterior na dentição decídua ou início da dentição mista.

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