Diversitas Journal (Oct 2021)

Enteroparasitos em Alface (Lactuca Sativa L.) comercializada em uma feira livre de um Município Alagoano

  • Fernanda de Farias Santos,
  • Igor Jean Moura da Silva,
  • Dharliton Soares Gomes,
  • Israel Gomes de Amorim Santos

DOI
https://doi.org/10.48017/dj.v6i4.1451
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 4

Abstract

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Infecções por enteroparasitos estão entre os mais freqüentes agravos infecciosos do mundo, estimando-se que o número de infectados seja de aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas. (CDC 2011, OMS 2011). Este estudo visou analisar a presença de parasitos em alfaces-crespas (Lactuca sativa L.) comercializadas na feira-livre do município de Craíbas e realizar um comparativo entre as formas de higienização e os métodos utilizados na análise de estruturas parasitárias. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e transversal. Como o município possui uma feira de pequeno porte foram selecionadas 5 bancas das 10 que comercializam a alface, de forma sistemática, adotando o critério de banca sim e banca não na escolha dos pontos de coleta; as amostras foram processadas através de lavagem com água, água+detergente+pincel, e através da técnica de Sedimentação Espontânea (método de Lutz) e no método de Faust e Cols., foram analisadas, as leituras das lâminas foram realizadas em microscópio óptico comum, sob objetiva de 10X e confirmação das estruturas parasitárias em objetiva de 40X. Observou-se que os resultados apresentados pelo método HPJ modificado para hortaliças e a limpeza das folhas somente com água corrente quanto com pincel e água com detergente foram superiores aos obtidos no método de Faust e Cols e em ambas as formas de limpeza, demonstrando menor eficácia na pesquisa de estruturas parasitarias, corroborando com o estudo de Quadros et. al (2008) que apresentou na técnica de Lutz (46,7%) resultados positivos quando comparada às técnicas de Sheather (31,1%) e Faust (10,6%). Então, com base nos dados obtidos no presente estudo, as amostras de alface (Lactuca sativa L.), comercializadas na feira livre do município de Craíbas-AL apresentam formas parasitarias humanas e/ou animais, sendo assim, um importante veículo de disseminação de parasitas intestinais.