Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Jul 2022)

Fitoterapia e desmedicalização na Atenção Primária à Saúde

  • Artur Alves da Silva,
  • Wandson Alves Ribeiro Padilha

DOI
https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)2521
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 44

Abstract

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Introdução: O uso da fitoterapia no cuidado em saúde é acessível, confiável e culturalmente aceito, reconhecendo-se que cerca de 80% da população mundial faz uso das plantas medicinais. No Sistema Único de Saúde (SUS), com o movimento da Reforma Sanitária e os interesses popular e institucional, foi construída a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que incentivou a implantação de diversos programas de fitoterapia no Brasil. Apesar dessa ascensão da fitoterapia no SUS, a medicalização segue influenciando a prática clínica e tornando os indivíduos cada vez mais suscetíveis a intervenções desnecessárias, que muitas vezes acabam causando danos. Objetivo: Debater possibilidades de uso da fitoterapia no enfrentamento da sobremedicalização para promover a prevenção quaternária na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Trata-se de um ensaio teórico elaborado com base na contextualização da possibilidade de enfrentamento da medicalização no âmbito do SUS, com o uso da fitoterapia. Resultados: O referencial teórico partiu de uma breve revisão do avanço da medicalização no SUS, considerando em seguida a fitoterapia como prática acessível e difundida entre a população brasileira como possibilidade para reduzir a medicalização ao ser correlacionada com o método clínico centrado na pessoa. Conclusões: A fitoterapia pode ser uma aliada da prática da prevenção quaternária ao tornar possível o encontro do saber tradicional com o técnico-científico, viabilizando um modo de cuidado alternativo à lógica medicalizadora.

Keywords